No Geopark Estrela pelos caminhos da esfinge de pedra
Dezenas de antigos trilhos florestais e caminhos de pastores esperam os passos do andarilho. Em breve reunidas por um projecto do Geopark Estrela, serão cerca de quatro centenas de quilómetros de veredas interligadas a abrir as portas de todos os recantos da grande esfinge de pedra, como lhe chamou Torga.
“A partir daqui nem pensar em tirar os olhos do chão”. Para o caminhante, lembrado das advertências de um guia numa experiência anterior nas veredas da serra, o aviso não tem data. O trilho é íngreme, pedregoso, escorregadio. O granito tem fiadas de arestas voltadas para cima e as botas mal se acomodam ao piso extremamente irregular que marca toda a primeira metade do percurso. O precipício mostra lá em baixo uma cascata tombando sobre um poço estreito encravado entre fragas. Este panorama ferido de abismos escarpados só é suavizado mais adiante, já no trecho final do trilho, por um caminho que atravessa um bosque de faias.
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