Na Bolívia, as cholitas lutam entre si para combater os estereótipos

Na Bolívia, mulheres vestidas com saias rodadas combatem o racismo contra indígenas e defendem a igualdade de género. 

Reuters/CLAUDIA MORALES
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Cabelos entrançados, saias longas e rodadas, numa fusão de cores e tecidos que dão uma nova vida à tradição. E um combate que, apesar de ser corpo a corpo, representa uma luta contra a discriminação e uma forma de honrar as indígenas da etnia aimará. São estes os traços que definem a performance das wrestlers cholitas no festival Electropreste, que decorreu no último fim-de-semana em La Paz, na Bolívia.

A palavra cholita tem origem de um termo espanhol com conotação pejorativa referente a indígenas — "chola". Actualmente, as gerações mais jovens reclamaram a expressão e usam-na com orgulho, para compensar o tratamento proferido contra as cholitas e outras mulheres indígenas que, durante muito tempo, foram excluídas socialmente e até banidas de lugares públicos.

Estas lutadoras fazem parte de um grupo chamado The Titans of the Ring, que inclui tanto homens como mulheres. Desferindo golpes contra os estereótipos, mostram o poder feminino, dentro e fora do ringue.

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