William Hurt, tão perto, tão longe
Hurt sobreveio a uma geração de gigantes italo-americanos, que se chamavam DeNiros ou Pacinos, e tal como outro actor WASP dessa altura, John Heard (1946-2017), tinha tudo para fazer figura de oddity.
Não esqueço, de William Hurt (1950-2022), os seus esgares, a sua sonoridade gutural, a forma como, com essa performance do corpo, reconheceu e aceitou o seu percurso agónico a partir do momento em que se cruzou com a “femme fatale”. Estou a falar, obviamente, de Body Heat/Noites Escaldantes, de Lawrence Kasdan (filme que é pouco óbvio para quem não foi adolescente em 1981).
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