7 dias, 7 fugas: de malas aviadas, com copos, queijos e outras artes
Santarém serve Tejo a Copo, Grândola põe borrego e cabrito à mesa, Gaia abre as Caves Cockburn’s a visitas, Montemor-o-Velho prova arroz e lampreia, Lisboa faz as malas na BTL, o Porto entra na vida de Frida Kahlo e Celorico da Beira monta a banca na Feira do Queijo.
Sábado, 12: Santarém serve Tejo a Copo
Cerca de três dezenas de produtores, conversas, gastronomia e uma pitada de sal. O Tejo a Copo volta ao Convento de São Francisco, em Santarém, para dar a provar os vinhos da região no seu habitat natural – património que, refere a organizadora Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, “é um factor cada vez mais importante e decisivo na eleição de um vinho”. Concentrado num só dia, 12 de Março, entre as 15h e as 21h, o programa perfila provas, três conversas sobre o vinho com o sommelier Rodolfo Tristão e a harmonização com os petiscos preparados pelo restaurante Oh!Vargas e os produtos da Loja do Sal, vindos das salinas de Rio Maior. O evento tem entrada livre; a participação nas provas e nas conversas está, no entanto, sujeita a inscrição no local (copos de prova disponíveis por 3€, petiscos a 5€).
Domingo, 13: em Grândola, há borrego e cabrito à mesa
Últimos dias para saborear as Semanas Gastronómicas de Grândola dedicadas ao borrego e ao cabrito. Na ementa de uma dúzia de restaurantes da região, até 13 de Março, estão as carnes feitas à moda alentejana, apresentadas em assados, ensopados, guisados ou grelhados, e acompanhadas com batata assada, ervilhas ou as tradicionais migas (com bases de hortelã, espinafres e brócolos). Promovida pela autarquia, a iniciativa dá seguimento ao compromisso de, a cada mês, dar a provar os produtos da terra, respeitando a sua sazonalidade.
Segunda, 14: Gaia torna às caves
Visitas guiadas, provas, piqueniques e a oportunidade de saber mais sobre a arte da tanoaria, com quem sabe da matéria. As Caves Cockburn’s voltam a abrir as portas da casa, na zona histórica de Vila Nova de Gaia, a quem quiser conhecer (e provar) a história com mais de 200 anos destas que são “as maiores caves de vinho do Porto” da região. Dos registos que estão na génese da marca às curiosidades sobre a família que a detém (os Symington), passando pelas “particularidades sobre o terroir do Douro”, os mestres tanoeiros ou o armazém onde repousam milhares de pipas, são vários os eixos abordados nestas visitas guiadas à “arte de fazer diferente”. Feitas as apresentações, seguem-se as provas, que harmonizam a prata da casa com chocolates ou queijos (de acordo com as preferências do freguês e com preços a partir de 15€, com visita incluída) e que podem também vir numa cestinha de piquenique, para degustar no pátio, com um menu de produtos regionais à medida do momento (e valores entre os 12€ e os 20€/pessoa). Assumindo-se como um programa para toda a família, visitas e provas estão também disponíveis para os mais novos, com guiões e bebidas adaptados ao palato dos petizes. As caves estão abertas todos os dias, das 9h30 às 18h; as marcações podem ser feitas no site respectivo.
Terça, 15: de arroz e lampreia está Montemor-o-Velho cheia
Aberta que está a época da lampreia, Montemor-o-Velho faz-se à mesa com essa e outra iguaria típica da região: o arroz carolino do Baixo Mondego. Juntamente com a lampreia do rio, deixa-se degustar presencialmente – e não apenas por take-away ou entrega ao domicílio, como aconteceu no ano passado – através das ementas dos 15 restaurantes que participam neste Festival do Arroz e da Lampreia, ao longo de todo o mês de Março. Mas a 20.ª edição do certame vem com outros “sabores” associados: os das tasquinhas que se concentram, entre 11 e 20 de Março, no Largo da Feira. Anunciado pela autarquia como um “espaço para o conhecimento, cultura, património e muitos momentos de descoberta”, é dali que chegam convites para um mercado de produtos endógenos e doçaria local, artesanato, arruadas, espectáculos, cozinha ao vivo, cantares, ranchos, contos, percursos pedestres, cavalgadas pela vila e, para os miúdos, sessões de robótica na Morlândia ou a oportunidade de ser um Minichef. Ali se sentirá também o aroma da competição mais doce: a terceira edição do Arroz Doce Non Stop, uma maratona para eleger a melhor versão feita por alguém da terra. A tenda está aberta todos os dias: de segunda a quinta, das 12h às 15h e das 19h às 23h; sexta a domingo, das 12h à 1h. A entrada é gratuita. O programa das festas está alinhado aqui.
Quarta, 16: Lisboa de mala aviada
Com duas edições metidas no saco, por conta da pandemia, a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa volta a traçar destinos no mapa, entre 16 e 20 de Março, na FIL. Na bagagem traz mais de 1400 expositores, distribuídos por quatro pavilhões, com ofertas variadas e sujeitas a descontos, onde tanto entram postais de praias de areia branca e água cristalina como destinos com pontes medievais, lugares inóspitos, cidades que não dormem ou património classificado. O salão, promovido pela Fundação AIP, tem espaços dedicados a associações e municípios, enoturismo, gastronomia, transportes, alojamento e animação turística e, nesta 33.ª edição, tem como convidados a região do Porto e Norte de Portugal, o município de Anadia e a República Dominicana. Conversas, workshops, degustações, música, dança e animação cultural completam o plano de viagem. As portas estão abertas quarta e quinta, das 10h às 19h (só para profissionais); sexta, das 17h às 23h; sábado, das 12h às 23h; e domingo, das 12h às 20h. A entrada custa 8€ (4€ dos 11 aos 15 e maiores de 65 anos; gratuita até aos dez anos).
Quinta, 17: Porto em Frida
Uma exposição imersiva para mergulhar na vida e na obra da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954). É este o novo chamariz do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, que na sua galeria Immersivus tem Frida Kahlo, a Vida de Um Ícone. Dando a conhecer “a travessia existencial da mais conhecida e talentosa de entre todas as artistas plásticas mexicanas”, a visita é feita sem reproduções de pinturas, recorrendo a imagens de filmes, colecções de fotografias, música, realidade virtual, animações holográficas, videomapping e instalações artísticas para ajudar a reconstruir a vida da artista, tão considerada pelo talento como pelo espírito rebelde e pela “personalidade forte, singular e fora do seu tempo”. A experiência é promovida pelo ateliê OCubo – responsável por produções como Magical Garden, Lisbon Legends, Impressive Monet & Brilliant Klimt, Il Divino Michelangelo & Il Genio Da Vinci, Porto Legends - The Underground Experience ou Lisbon Under Stars – em parceria com a Fundação Frida Kahlo Corporation, a galeria Ideal Barcelona e o estúdio Layers of Reality. Pode ser visitada de quarta a domingo, das 14h30 às 19h30, até 30 de Junho. A entrada custa 14€, sendo 12€ para crianças dos quatro aos 11 anos, estudantes e seniores.
Sexta, 18: resgatar o queijo em Celorico da Beira
Depois de se ter posto em linha no ano passado, com uma feira confinada a uma versão virtual, Celorico da Beira monta a banca da 43.ª Feira do Queijo em pleno, apostada em “resgatar a normalidade” roubada pela pandemia, como frisa a autarquia. Entre 18 e 20 de Março, promove animação, artesanato, concertos e outras formas de reabrir o apetite para a especialidade da terra, o queijo Serra da Estrela. No programa (que pode ser consultado em detalhe aqui) há oficinas gastronómicas, showcookings, degustações, apresentações, animação de rua, actividades para os mais pequenos, um seminário de Encontro com Gosto, passeios pela Rota do Queijo: Uma Aventura Gastronómica (a caminhar ou em BTT), actuações de grupos de concertinas, música popular e cantares ao desafio, e espectáculos de Sons do Minho e Fernando Daniel. Tudo à margem, claro, da feira de artesanato e produtos regionais e tradicionais que funciona ao longo de todos os dias.