António Costa afirma que é um dever combater desigualdades de género que ainda persistem

Também Jerónimo de Sousa assinalou o Dia da Mulher, com o secretário-geral do PCP a defender que “as soluções preconizadas pelas políticas de igualdade de PS e União Europeia são soluções de faz de conta”.

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António Costa assinalou o Dia da Mulher através da rede social Twitter LUSA/MÁRIO CRUZ

O primeiro-ministro defendeu que esta terça-feira se celebram os direitos e liberdades que as mulheres portuguesas conquistaram nos últimos 48 anos em democracia, mas salientou que é um dever de todos combater as desigualdades de género que persistem.

Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta na rede social Twitter, numa mensagem sobre o Dia Internacional da Mulher, que se celebra esta terça-feira.

“Estando próximos de cumprir mais anos em democracia do que durou a ditadura. Neste 8 de Março celebramos os direitos e liberdades que as mulheres portuguesas conquistaram nos últimos 48 anos”, escreveu o líder do executivo.

Na sua mensagem, António Costa refere que, “apesar dos avanços, a desigualdade salarial, a representação em cargos de direcção e a disparidade de género na conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar são desafios que persistem”.

“Temos o dever de mudar. A igualdade é essencial para reforçar a democracia”, acrescentou o primeiro-ministro.

PCP diz que políticas de igualdade do PS são “faz de conta"

Por seu turno, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu esta terça-feira que as políticas de igualdade preconizadas pelo PS são “soluções de faz de conta” e que a maioria absoluta vai dificultar respostas reais.

“As soluções preconizadas pelas políticas de igualdade de PS e União Europeia são soluções de faz de conta e não força motora de avanço nos direitos das mulheres, mas branqueamento das responsabilidades da política de direita”, disse Jerónimo de Sousa, durante um almoço com mulheres comunistas, em Lisboa.

O secretário-geral comunista acrescentou que “não faltarão as promessas de igualdade” por parte do Governo socialista, mas classificou-as como “meras operações de cosmética” que carecem de “qualquer alcance social na necessária elevação das condições de vida e de trabalho das mulheres”.

Jerónimo de Sousa considerou também que, com a maioria absoluta, o PS vai ao encontro dos “grandes interesses económicos” e que essa aproximação significará um “agravamento da exploração, das desigualdades e das discriminações”.

A realidade do país, continuou, é assinalada “pelo agravamento do custo de vida, pelos baixos salários e pensões”, e também pela “forte persistência da pobreza” que existe entre as mulheres, “muitas delas famílias monoparentais”.

O secretário-geral do PCP disse ainda que a direita persiste em justificar as desigualdades e discriminações com “factores históricos e culturais ancestrais”.