PCP votou contra a resolução do Parlamento Europeu de condenação à invasão da Ucrânia ao lado da extrema-direita?

O eurodeputado do PS Pedro Silva Pereira criticou as “companhias” a que os comunistas se juntaram

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A condenação da agressão militar russa à Ucrânia mereceu um amplo consenso no Parlamento Europeu Reuters/YVES HERMAN

A frase

“Houve sete deputados do grupo [a que o PCP pertence] que votaram contra esta resolução na companhia de um deputado da extrema-direita e de quatro deputados não inscritos”

Pedro Silva Pereira, eurodeputado do PS (CNN Portugal), 1 de Março de 2022

O contexto

O Parlamento Europeu aprovou, na passada terça-feira, uma resolução de condenação à agressão militar russa à Ucrânia com 637 votos a favor. Os dois eurodeputados do PCP votaram contra assim como mais 11 outros parlamentares. O eurodeputado socialista Pedro Silva Pereira condenou a posição dos comunistas e referiu que estiveram acompanhados por um eurodeputado da extrema-direita e de quatro eurodeputados não inscritos (que já não pertencem aos respectivos partidos).

Os factos

Os dois eurodeputados do PCP, João Pimenta Lopes e Sandra Pereira, votaram contra a resolução do Parlamento europeu que condena a invasão da Ucrânia, tendo sido acompanhados por outros eurodeputados da família política da esquerda mas não pelo Bloco de Esquerda que votou a favor. Ao lado do PCP esteve Marcel de Graff, que é filiado no Identidade e Democracia, grupo de extrema-direita onde pertence o Chega apesar de não ter actualmente nenhum eleito. Dos quatro deputados não inscritos que votaram contra a resolução, dois pertenceram a partidos de extrema direita. Um é Ioannis Lagos, um dos fundadores do partido nacionalista grego Aurora Dourada. O outro caso é uma política italiana, Francesca Donato, eleita em 2019 pela Liga, de extrema-direita, e que, entretanto, se tornou independente.

Em resumo

A frase é verdadeira, apesar de uma maioria de 45 eurodeputados filiados no grupo Identidade e Democracia terem votado a favor da resolução que condena a invasão militar da Ucrânia. Só um dos eleitos deste grupo votou ao lado do PCP e de outros deputados de esquerda.

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