MNE: quase 50 portugueses saíram do país e serão repatriados da Roménia

Parte do grupo também se encontra na Moldova.

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O chefe da diplomacia portuguesa na sessão sobre a Ucrânia no Parlamento LUSA/MÁRIO CRUZ

Cerca de 50 portugueses saíram da Ucrânia nas últimas horas nas missões organizadas pela embaixada portuguesa em Kiev e serão repatriados nas próximas horas, disse hoje à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

“Esta meia centena de pessoas, exactamente são 48, já saíram, já estão fora do território ucraniano e concentrar-se-ão na Roménia”, disse o ministro à Lusa, precisando que 35 já estão em território romeno e 13 na Moldova, dado que foram organizadas duas viagens separadas.

Segundo Augusto Santos Silva, “a partir do momento em que estejam concentrados e formem um único grupo”, na Roménia, será assegurado “o repatriamento por via aérea”.

O ministro recordou que a “deslocação foi organizada anteontem e ontem [quinta e sexta-feira] com saída por via terrestre na direcção da Roménia”, destino ao qual um dos grupos já chegou.

Nesse grupo, inicialmente composto por 41 pessoas, seis ficaram para trás por serem homens luso-ucranianos entre os 18 e os 60 anos, e poderem ser chamados para combate ao abrigo da lei marcial no país.

Esse grupo “mais avançado, que saiu logo com o senhor embaixador, é constituído por 35 pessoas e está neste momento no Norte da Roménia, alojado já em território romeno, e está já a ser apoiado pela embaixada portuguesa em Bucareste”.

Quanto ao segundo grupo, é composto por “uma carrinha na qual vêm 13 pessoas, e esse grupo acaba de passar a fronteira da Ucrânia para a Moldova”, já estando também fora da Ucrânia “a caminho da Roménia”, e conta com “apoio da embaixada em Bucareste”.

O ministro esclareceu ainda que as operações de saída de portugueses estão a contar com o apoio de militares lusos “desarmados”, que reforçaram a comitiva da embaixada em Kiev.

“São operacionais habituados a estas operações, como eles dizem, de “exfiltração”, portanto de retirar pessoas”, não devendo este auxílio ser tomado como “qualquer acção militar que esteja em curso”.

Devido às suas competências próprias, os militares “ajudam os diplomatas a organizar pessoas, a encontrar contactos, a alugar carrinhas, a encontrar motoristas”, detalhou o chefe da diplomacia portuguesa à Lusa.