Eurovisão não impede Rússia de participar no festival. “É um evento cultural e não político”, argumenta
Numa altura em que a Rússia invade a Ucrânia, enfrentando sanções de diversa índole, a organização do festival Eurovisão da canção veio comunicar que não impedirá o país de participar no evento.
A organização do festival Eurovisão comunicou esta quinta-feira, que não irá impedir a Rússia de participar no evento, numa altura em que o país governado por Vladimir Putin invadiu a Ucrânia e enfrenta sanções de diversa índole.
Para a União Europeia de Radiodifusão, responsável pela Eurovisão, este não é “um evento político”, mas sim cultural, pelo que a Rússia poderá enviar um representante a Turim, na Itália, em Maio. A confirmação foi dada numa carta enviada à emissora pública norte-americana NPR na sequência da petição da rede ucraniana UA: PBC, que solicitou a expulsão do país do concurso por considerar ser “um porta-voz do Kremlin e uma ferramenta fundamental de propaganda política financiada com o orçamento do Estado russo”.
A Rússia ainda não escolheu quem irá representar o país na edição de 2022 da Eurovisão, ao passo que a Ucrânia será representada pelos Kalush Orchestra, com a canção Stefania. Os Kalush Orchestra substituíram, enquanto representantes da Ucrânia, a cantora Alina Pash, que foi excluída após uma visita não autorizada à Crimeia, território tomado pela Rússia em 2014.
Noutros quadrantes, como o futebol, a invasão da Ucrânia por parte do governo de Vladimir Putin, já levou a UEFA a retirar a São Petersburgo o direito de acolher a final da edição 2021/22 da Liga dos Campeões. A final, soube-se esta sexta-feira, será em Paris. O organismo que tutela o futebol europeu está igualmente a ponderar a retirada da gigante Gazprom do patrocínio da competição.