Paulo e Emília mantêm “por teimosia” a tradição das peras de São Bartolomeu
Pêra passa, presuntinhos de Viseu ou peras de São Bartolomeu é tudo o mesmo fruto produzido em modo artesanal nos arredores de Oliveira do Hospital e que esteve quase em extinção. Só tem mesmo um pequeno problema: vicia que se farta.
Foi com espanto e zanga que demos de caras com as peras de São Bartolomeu na Mercearia Criativa, em Lisboa. É evidente que temos a humildade para aceitar que não conhecemos muita coisa, mas, caramba, como é que um produto tão saboroso, tenro, bonito, inusitado e com história nos passou ao lado durante tanto tempo? Pior ainda é quando um amigo de Coimbra nos pergunta, meio ofendido, se nunca tínhamos ouvido falar dos presuntinhos de Viseu. Ou quando outro, do Porto, tem a lata de nos dizer que na sua mesa de Natal nunca faltam as peras passas. Para agravar a coisa, uma amiga a quem estávamos a contar a história diz-nos isto: “Olha, que engraçado, compro sempre essas peras achatadas na Baixa de Lisboa. Não sabia é que se chamavam peras de São Bartolomeu”. É duro.
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