Elon Musk doou cinco mil milhões de euros a instituições de caridade em 2021

De acordo com a revista Forbes, Elon Musk e Jeff Bezos, da Amazon, doaram menos de 1% do seu património líquido, ao contrário de Warren Buffett e George Soros que, doaram mais de 20%.

Foto
Elon Musk é considerado o homem mais rico do mundo Reuters/POOL

O fundador da Tesla, Elon Musk, doou 5,74 mil milhões de dólares (cinco mil milhões de euros) em acções da fabricante de automóveis eléctricos a instituições de caridade em 2021, de acordo com documentos oficiais. O documento não especifica as organizações beneficiárias.

Com esta doação, Musk, considerado o homem mais rico do planeta, ter-se-á tornado no segundo maior doador do mundo, atrás apenas de Bill e Melinda Gates, que doaram 15 mil milhões de dólares (13,2 mil milhões de euros), de acordo com o The Wall Street Journal. De acordo com a revista Forbes, Elon Musk e Jeff Bezos, da Amazon, doaram menos de 1% do seu património líquido, ao contrário de Warren Buffett e George Soros que, doaram mais de 20%.

Musk, presidente executivo da norte-americana Tesla, normalmente não revela os nomes das entidades às quais doa parte dos seus fundos, mas comprometeu-se em 2012 a doar a maior parte da sua fortuna a organizações de caridade.

A doação ocorreu quando o multimilionário vendeu 16,4 mil milhões de dólares (14,5 mil milhões de euros) em acções, no início de Novembro. Na altura, Musk escreveu na rede social Twitter que pagaria mais de 11 mil milhões (9,72 mil milhões de euros) em impostos devido ao exercício de opção de acções que expirariam no final do ano. Então, vários peritos avançaram que o empresário teria benefícios fiscais se oferecesse as acções a instituições de caridade, uma vez que deixam de estar sujeitas a impostos quando são doadas.

“O seu benefício fiscal seria enorme”, sentenciou Bob Lord, membro associado do Institute for Policy Studies que estuda política tributária, ouvido pela Reuters. “Ele economizaria entre 40% e 50% dos 5,7 mil milhões [5,4 mil milhões de euros] em impostos, dependendo se pudesse fazer a dedução dos seus rendimentos na Califórnia e evitaria o imposto sobre ganhos que teria de pagar se vendesse as acções”, explicou à Reuters.