Nova mostra de artes performativas junta Teatro Praga, O Espaço do Tempo e CCB
A 1ª edição da mostra contemplará espectáculos, em Março, com programação e coordenação de Pedro Barreiro e Rui Horta, e estreias de Bruna Carvalho, Joãozinho da Costa, Luara Raio e Silvestre Correia.
Artistas emergentes da “cena contemporânea portuguesa” apresentam-se, em Março, em Lisboa, na 1.ª edição da “Gaivotas <-> Belém”, mostra de artes performativas que junta Teatro Praga, O Espaço do Tempo e Centro Cultural de Belém, foi esta quarta-feira comunicado.
“Gaivotas <-> Belém”, de acordo com a organização, “resulta de uma união de esforços entre o Teatro Praga, O Espaço do Tempo e o Centro Cultural de Belém, no sentido de oferecer condições e espaços de visibilidade e de reconhecimento a artistas emergentes da cena contemporânea portuguesa”.
A 1.ª edição da mostra, que decorre na Rua das Gaivotas 6 e no Centro Cultural de Belém entre 8 e 13 de Março, é programada e coordenada por Pedro Barreiro e o coreógrafo e bailarino Rui Horta e conta com a estreia de espectáculos de Bruna Carvalho, Joãozinho da Costa, Luara Raio e Silvestre Correia.
“Gaivotas <-> Belém” junta três instituições “com naturezas, missões e dimensões muito diferentes”. “Temos, por um lado, o CCB, uma das instituições culturais em Portugal de maior dimensão e recursos financeiros, que tem habituado o seu público a uma programação ecléctica, internacional e de diferentes escalas. Por outro lado, temos um projecto do Teatro Praga, a Rua das Gaivotas 6, que tem assumido um papel preponderante na cena artística independente lisboeta, operando sobretudo no acolhimento, no apoio e na apresentação de artistas emergentes, privilegiando abordagens experimentais e divergentes”, lê-se no comunicado.
Também envolvido neste projecto está O Espaço do Tempo, “centro de residências e incubadora de criação artística, lugar transversal à maioria dos artistas da cena contemporânea nacional nos últimos 20 anos e que, em “Gaivotas <-> Belém”, acolhe a preparação da maioria dos trabalhos apresentados e funciona como elo de ligação entre a dinâmica independente e tendencialmente experimental da Rua das Gaivotas 6 e a referência institucional e de grande visibilidade que é o CCB”.
Os quatro artistas convidados para a primeira edição foram escolhidos “pela singularidade das suas operações de composição, pelo rigor com que tratam os materiais que dão forma aos seus espectáculos e pelas suas personalidades artísticas altamente diferenciadas, representando a mais rica diversidade que constitui o tecido de criação emergente das artes performativas em Portugal”.
Joãozinho da Costa apresenta, em 8 e 9 de Março na Rua das Gaivotas 6, Fidjo di Tchon, que “invoca no palco os corpos em movimento que tomam a forma de pincéis e pintam com as suas danças as telas em branco, tendo como fundo musical melodias guineenses e projecções de vídeos e imagens das ruas de Guiné-Bissau”.
“Crítica à conduta das sociedades em relação ao lixo que elas acumulam e aos comportamentos inconscientes dos cidadãos, a peça é construída a partir da chegada a Bissau de um guineense que mora na Europa. Essa personagem está de regresso ao seu país de origem após 18 anos, desejoso por conhecer e redescobrir todos os lugares”, é descrito.
Bruna Carvalho apresentará Penumbra, “uma composição a solo que explora a cristalização de imagens no plano da luz e sombra puras”, a 9 e 10 de Março na Black Box do CCB. A criação de Silvestre Correia, Filme, será apresentada a 11 e 12 de Março na Rua das Gaivotas 6, e “procura o encontro da ferramenta teatral com a do cinema”. A mostra terminará com a apresentação de Apocalypso, de Luara Raio, a 12 e 13 de Março na Black Box do CCB.
Notícia actualizada com nome de Pedro Barreiro, também coordenador da programação juntamente com Rui Horta.