Covid-19. Vacinados deixam de ter de esperar sete dias para doar sangue

IPST tem apelado ao contributo de todos os potenciais dadores, numa “altura particularmente exigente” devido à pandemia de covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.

Foto
Para ser dador de sangue basta ter entre 18 e 65 anos e ter peso igual ou superior a 50 quilos Lara Jacinto / PUBLICO

As pessoas que receberam as vacinas da Pfizer e da Moderna contra a covid-19 deixam de ter de esperar sete dias para doar sangue, anunciou esta quarta-feira o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).

A alteração consta de uma nova actualização do plano de contingência do IPST para a sustentabilidade, qualidade e segurança do fornecimento de sangue e componentes sanguíneos durante a pandemia de covid-19. “Os potenciais dadores de sangue e de componentes sanguíneos vacinados com vacinas mRNA, (esquema vacinal primário ou dose de reforço) podem ser aceites como dadores de sangue caso se sintam bem e estejam assintomáticos”, refere o documento.

Quanto às pessoas candidatas à dádiva que tenham tido covid-19, continuam a ter de “aguardar 14 dias após a resolução dos sintomas para se candidatarem novamente”, adiantou hoje o instituto em comunicado.

O plano de contingência adianta ainda que não existem evidências científicas de complicações na dádiva ou na administração de substâncias de origem humana que possam ser atribuíveis à vacinação do dador. “No momento desta actualização, continuam a não existir evidências da transmissão deste vírus através da transfusão. Não foi reportado nenhum caso de transmissão de vírus respiratórios, incluindo SARS-CoV-2, através de substâncias de origem humana ou medicamentos derivados do plasma, nem foi relatado aumento da morbilidade e mortalidade por covid-19 em receptores de transfusão de sangue e componentes sanguíneos”, avança o plano de contingência do IPST.

Nos últimos dias, o IPST tem apelado ao contributo de todos os potenciais dadores, numa “altura particularmente exigente” devido à pandemia de covid-19 e face a “uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”.

“A evolução da pandemia de covid-19, nomeadamente o elevado número de contágios das últimas semanas e respectivos isolamentos profilácticos, têm conduzido a uma grande dificuldade em manter estáveis as reservas de componentes sanguíneos”, adiantou o instituto.

Para ser uma pessoa dadora de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos — o limite de idade para a primeira dádiva é os 60 anos — e ter peso igual ou superior a 50 quilos.