Restabelecido acesso ao site do Parlamento após alegado ataque informático

Os hackers do Lapsu$ Group, o mesmo que atacou no início do mês o Grupo Impresa, anunciaram ter invadido e “roubado informações sensíveis” do site do parlamento português, tendo este ficado em baixo durante cinco minutos. Página foi depois vedada a acessos externos para que serviços informáticos pudesse investigar.

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Página do Parlamento esteve em baixo durante cinco minutos no domingo Diego Nery

O site do parlamento português voltou esta quarta-feira a estar disponível, depois de ter sido alvo de um eventual ataque informático anunciado pelos hackers Lapsu$ Group no domingo, adiantou a Assembleia da República.

“Na sequência de um alegado ataque informático à Assembleia da República, no último dia 30, domingo, foi nessa noite tomada a decisão de impedir todos os acessos externos ao portal internet do Parlamento, de forma a permitir aos serviços informáticos e às autoridades competentes a análise exaustiva de toda a estrutura informática”, lê-se num comunicado.

De acordo com a Assembleia da República, após a análise, não houve “evidência de qualquer impedimento no funcionamento do portal”, tendo sido “restabelecido ao final do dia de hoje”.

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou que está a investigar este ataque, não adiantando mais nenhuma informação.

Contactado pela agência Lusa, o director do Gabinete de Comunicação na Assembleia da República, João Amaral, disse não existir, até àquele momento, “qualquer evidência de que o site tenha sido atacado”, mas que o departamento de informática estava a “fazer correr todas as ferramentas para averiguar o assunto”.

O jornal Expresso noticiou no domingo que os hackers do Lapsu$ Group, o mesmo que atacou no início do mês o Grupo Impresa, destruindo milhões de ficheiros do Expresso e da SIC, anunciaram ter invadido e “roubado informações sensíveis” do site do parlamento português, tendo este ficado em baixo durante cinco minutos.

“Hoje ‘hackeámos’ o site do Parlamento e tivemos acesso a aplicações da Microsoft e a uma grande quantidade de bases de dados que contém informação sensível do Governo relacionada com informações pessoais de políticos e de partidos políticos, muitos documentos, emails, passwords...”, referiu o jornal, citando os hackers.

À agência Lusa João Amaral disse ainda que toda a informação que existe no site do parlamento português “é pública e transparente”.