OMS, Attenborough e Tikhanouskaia entre os nomeados para o Nobel da Paz

Greta Thunberg e o Papa Francisco estão também entre os indicados ao galardão, que será anunciado em Outubro.

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Opositora bielorrussa Svetlana Tikhanouskaia em protesto contra o regime de Alexander Lukashenko Fabrizio Bensch

O naturalista britânico David Attenborough, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a dissidente bielorrussa Svetlana Tikhanouskaia estão entre os nomeados ao Prémio Nobel da Paz de 2022, apoiados por parlamentares noruegueses que têm o histórico de escolher os vencedores. Entre os indicados estão também Greta Thunberg, o Papa Francisco, o Governo de Unidade Nacional da Birmânia - formado por opositores do golpe do ano passado - e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Tuvalu, Simon Kofe.

Attenborough, de 95 anos, é conhecido por produzir séries televisivas focadas na natureza e no planeta, nomeadamente Life on Earth e The Blue Planet. Foi indicado para o prémio devido aos “seus esforços para informar e proteger a diversidade natural da Terra, um pré-requisito para sociedades sustentáveis ​e pacíficas”, segundo afirmou Une Bastholm, líder do Partido Verde Norueguês, citado pela Reuters.

O Papa Francisco, por sua vez, também foi nomeado pelos esforços feitos para alertar para a crise climática, mas também pelo seu trabalho em defesa da paz mundial. Também Simon Kofe foi nomeado pelos seus esforços para travar os efeitos da crise climática, enquanto Svetlana Tikhanouskaia destacou-se pela sua oposição ao regime de Alexander Lukashenko na Bielorrússia.

O Governo de Unidade Nacional da Birmânia, um governo paralelo formado no ano passado por opositores ao regime militar, também foi nomeado como candidato ao prémio. Já a Organização Mundial de Saúde foi indicada pelo seu trabalho no combate à pandemia de covid-19, que se encontra no centro das preocupações mundiais, estando nomeada pelo segundo ano seguido.

Outros indicados revelados pelos legisladores noruegueses são o dissidente russo Alexei Navalny, o Tribunal Penal Internacional de Haia, a WikiLeaks e Chelsea Manning, a NATO, a organização humanitária CARE, o activista iraniano de direitos humanos Masih Alinejad e o Conselho do Árctico, um fórum intergovernamental de cooperação para nações do Árctico.

Milhares de pessoas, desde membros de parlamentos de todo o mundo até ex-vencedores, propuseram candidatos até à passada segunda-feira, quando encerrou o processo de nomeação. O comité norueguês do Nobel, que decide quem ganha o prémio, não comenta as indicações, e mantém-nas em segredo por 50 anos, tanto os nomes dos indicados como os dos indicados não aprovados.

O vencedor será anunciado em Outubro deste ano.

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