Comércio volta a ter lotação limitada, turismo só com teste negativo
Estabelecimentos comerciais só poderão ter uma pessoa por cada cinco metros quadrados. Restrição pretende evitar ajuntamentos.
O Governo decidiu antecipar o período de contenção e anunciou nesta terça-feira que, a partir do dia de Natal, os estabelecimentos comerciais passarão a ter uma lotação máxima de uma pessoa por cada cinco metros quadrados.
A restrição só entrará em vigor no próximo sábado, não havendo novas limitações nos próximos dias em que muitas lojas têm uma forte afluência de clientes à procura de presentes para entregar na noite ou no dia de Natal.
A redução do número de pessoas no interior dos estabelecimentos começa a aplicar-se no próprio dia 25 de Dezembro (a partir das 0h do feriado), no mesmo dia em que avançam outras medidas de contenção da propagação do coronavírus SARS-CoV-2.
Decidida em conjunto com outras restrições, esta dirigida ao comércio pretende precaver “os ajuntamentos que ocorrem muitas vezes na semana a seguir ao Natal, para troca de presentes e outras situações do género”, justificou o primeiro-ministro no final da reunião extraordinário do Conselho de Ministros desta terça-feira.
Em conferência de imprensa, António Costa anunciou ainda novas regras de acesso aos hotéis, estabelecimentos de alojamento local e outros estabelecimentos turísticos a partir das 0h do dia 25 de Dezembro. Para entrarem nestes locais, os hóspedes terão de apresentar um teste de covid-19 negativo. Será agora preciso esperar pela legislação para se saberem mais pormenores relativamente a estes procedimentos.
Um documento divulgado pelo Governo com a síntese das novas medidas prevê ainda o encerramento dos bares e discotecas a partir das 0h dia 25 de Dezembro, para evitar ajuntamentos na noite da consoada. O mesmo documento prevê igualmente que o acesso a festas de passagem de ano só aconteça mediante a apresentação de um teste de covid-19 negativo.
O Governo anunciou que as restrições que obrigarão ao encerramento dos bares e discotecas vêm acompanhadas de apoios às empresas. O primeiro-ministro citou que seriam utilizadas algumas das medidas criadas no âmbito da pandemia, como o layoff ou o programa Apoiar.