Há quem escreva que o casamento entre o governante do Mónaco, o príncipe Alberto, e a princesa Charlene está por um fio e até quem garanta que a ex-campeã de natação esteve às portas da morte.
Agora, é a própria família a esclarecer a situação, que envolveu uma série de intervenções cirúrgicas, que deram origem a algumas complicações, no meio de uma pandemia, o que obrigou Charlene do Mónaco a uma estada prolongada na África do Sul, país que chegou a proibir as entradas e saídas do território, uma das medidas impostas e justificadas pelo surto do novo coronavírus.
“[A Charlene] teve muitos procedimentos num curto período de tempo”, começou por contextualizar Chantell Wittstock, cunhada da princesa e presidente da Fundação Princesa Charlene do Mónaco, que tem como missão sensibilizar o público para os perigos na água e prevenir o afogamento, causa da morte de 236 mil pessoas em todo o mundo em 2019. Chantell Wittstock descreve à revista sul-africana You uma situação difícil que explica os motivos pelos quais Charlene se mantém, actualmente, distante dos holofotes: “Foi extremamente traumático passar por toda a dor, procedimentos e escrutínio dos meios de comunicação social enquanto estava longe da família e filhos.”
No entanto, a cunhada é peremptória: a notícia avançada pela Page Six, que cita fontes anónimas de que a princesa “quase morreu”, “simplesmente não é verdadeira”. “Ela teve dificuldade em comer depois de todos os procedimentos e, por isso, sim, perdeu muito peso, mas foi porque só podia ingerir alimentos líquidos e moles.”
De acordo com o Palácio do Príncipe do Mónaco, a princesa teve uma grave infecção nos ouvidos, nariz e garganta, o que obrigou ao internamento na África do Sul e que a impediu de voar durante algum tempo.
Já sobre as dúvidas de que o casamento real estaria a passar por um momento difícil, Chantell afirmou que a permanência de Charlene na África do Sul não reflecte qualquer drama matrimonial. “O Alberto ama e apoia a Charlene a 100%”, declarou, considerando que “o casamento dos dois é forte e eles apoiam-se totalmente um ao outro”.
Também o pai de Charlene, Mike Wittstock, pôs as cartas na mesa em declarações à revista sul-africana You, afirmando acreditar na recuperação total da filha. Afinal, foi Mike Wittstock que a treinou durante anos, gritando-lhe palavras de encorajamento enquanto ela nadava de um lado para o outro.
“A minha filha costumava nadar 20 quilómetros por dia”, tendo ganhado três medalhas de ouro e uma medalha de prata nos Jogos All-Africa de 1999, em Joanesburgo, e uma de prata nos Jogos da Commonwealth em 2002. Charlene fez ainda parte da equipa feminina de natação sul-africana que foi aos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, e que terminou em quinto lugar. “Com base na forma como costumava treinar, sei que é dura e que vai ultrapassar isto e sair muito mais forte.”
Durante os meses que Charlene esteve na África do Sul, país onde cresceu, depois de ter nascido na antiga Rodésia, actual Zimbabwe, a princesa não chegou a encontrar-se com os pais devido ao surto de covid-19. Por um lado, por causa “das nossas idades” (Mike Wittstock tem 75 anos e a mulher, Lynnette, 64) e, por outro, porque Charlene estava fragilizada: “Não a queria infectar porque tinha passado por tantos procedimentos médicos e estava vulnerável”, explicou o pai.
Alberto e Charlene casaram em Julho de 2011 e têm dois filhos: os gémeos Jacques, príncipe herdeiro do Mónaco, e Gabriella, condessa de Carladès, com 7 anos (o príncipe tem outros dois filhos que reconheceu: a norte-americana Jazmin Grace Grimaldi e o francês Alexandre Grimaldi-Coste).