Alec Baldwin partilha carta da equipa de filmagens de Rust para justificar o bom ambiente que se vivia

Na carta aberta, os membros do elenco e da equipa recusam a imagem que já outros trabalhadores trouxeram a público de que a produção não tinha a segurança necessária.

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O actor Alec Baldwin recusa ser responsável pela morte de Halyna Hutchins Reuters/MIKE BLAKE

Alec Baldwin partilhou na sua conta do Instagram, nesta quinta-feira uma carta assinada por membros da equipa de filmagens do western Rust, em defesa da produção do filme em que a directora de fotografia, Halyna Hutchins, foi morta por uma arma usada pelo actor.

Na carta aberta, os membros do elenco e da equipa recusam a imagem que já outros trabalhadores trouxeram a público de que a produção não tinha a segurança necessária. Em vez disso, descrevem um cenário onde a moral era positiva e as condições de trabalho justas.

“As descrições de Rust como um local de trabalho caótico, perigoso e explorador são falsas e desviam o foco do que é mais importante: a memória de Halyna Hutchins e a necessidade de encontrar alternativas modernas para armas de fogo e práticas de segurança desactualizadas nesta indústria”, refere o texto e assinado por 25 membros do elenco e da equipa de filmagens.

Halyna Hutchins, a directora de fotografia do filme, foi morta e o realizador Joel Souza foi ferido na sequência de um disparo de uma arma manejada por Baldwin no local de filmagens em Santa Fé, Novo México.

Numa entrevista, na semana passada, o actor negou a responsabilidade pelo tiroteio fatal, dizendo que não acreditava ser o responsável pela morte de Hutchins. O actor foi informado por um membro da equipa que a arma estava segura.

Os signatários da carta reconheceram que “alguns membros da equipa” desistiram de trabalhar antes do tiroteio acidental, mas disseram que a maioria permaneceu. “Esses poucos descontentes não representam as opiniões de todos”, refere o texto.

Dois membros da equipa entraram com acções civis acusando Baldwin, os produtores e outros de negligência e protocolos de segurança fracos no set.
A promotora distrital do Novo México, Mary Carmack-Altwies, disse na semana passada que algumas das pessoas que manusearam armas podem enfrentar acusações criminais em ligação ao tiroteio fatal.