O maior presépio de Portugal é algarvio e ilumina 5600 figuras
Todos os números impressionam: 230 metros quadrados, 2500 horas de trabalho, mais de 20 toneladas de areia, quatro toneladas de pó de pedra, 3000 quilos de cortiça, centenas de adereços, incluindo ícones do Algarve. Para visitar em Vila Real de Santo António até 9 de Janeiro.
É já célebre como “o maior presépio do país” e está novamente posto em cena em Vila Real de Santo António com pompa, circunstância e gigantismo. É mesmo o Presépio Gigante e já vai na 19.ª edição.
Estreado a visitas no início do mês, estará no Centro Cultural António Aleixo até 9 de Janeiro. Os visitantes poderão admirar as 5600 figuras que compõem a obra – “muitas feitas de raiz pelos seus autores e outras que podem atingir as várias centenas de euros” – e ocupam “toda a área expositiva do Centro Cultural António Aleixo": 230 metros quadrados.
Incluem-se “mais de 80 peças animadas e motorizadas” e os lagos e a iluminação são considerados “o segredo do evento”, o que obriga a “uma complexa base de suporte onde estão instalados os vários quilómetros de cabos” e “garantem, por exemplo, a circulação da água, a iluminação das casas e os efeitos cénicos”, explica a autarquia.
Mas, neste trabalho, todos os números impressionam: “foram necessários mais de 40 dias e 2500 horas de trabalho, embora os preparativos já tenham começado há vários meses”.
O presépio envolve uma lista extensa de materiais, mas refira-se alguns números mais impressionantes: mais de 20 toneladas de areia, 4 toneladas de pó de pedra, 3000 quilos de cortiça e centenas de adereços.
Inclusive em termos de composições e elementos, o presépio é singular: engloba a “reconstituição de muitos episódios cristãos”, mas também “pagãos associados à quadra natalícia”, além de “elementos evocativos da região, nomeadamente a Praça Marquês de Pombal, as antigas cabanas da praia de Monte Gordo, as salinas, as tradicionais noras algarvias” e “outros monumentos locais”.
Na nota da autarquia, destaca-se também “a vertente ecológica": garante-se que “a maior parte dos materiais são naturais ou foram reaproveitados, com destaque para a cortiça e musgo”, sendo usada iluminação LED.
O Presépio Gigante tem assinatura de Augusto Rosa e Teresa Marques, dois funcionários autárquicos, contando com a colaboração de Joaquim Soares e de António Bartolomeu.