A França entre a tentação nacionalista e a vocação europeia. De novo
Desta vez, para ganhar, o Presidente já não precisa de “dinamitar” a esquerda. O que está em causa é o futuro da direita democrática. Mais uma vez, a Europa democrática suspende a respiração.
1. Nos primeiros meses de 2017, a ideia de que Marine Le Pen podia ganhar as eleições presidenciais francesas ainda ocupava boa parte das análises da imprensa europeia. “Como Le Pen ainda pode ganhar”, escrevia, em Fevereiro desse ano, a Economist, a partir dos resultados das sondagens que se conheciam na altura, relativas à primeira volta das eleições. Emmanuel Macron, um jovem de 39 anos, que fora ministro da Economia de François Hollande e que decidira correr “por fora” do Partido Socialista francês à frente de uma formação política recém-nascida, aparecia em todas as sondagens como um dos dois mais prováveis candidatos destinados a passar à segunda volta. À sua frente apenas surgia Marine Le Pen, a candidata da Frente Nacional, nacionalista, antieuropeia e xenófoba. Um pouco mais atrás, o candidato da velha direita neogaullista, François Fillon. A Europa olhava para Paris estupefacta, horrorizada com a possibilidade de uma vitória de Le Pen.
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