Palcos da semana

Stand-up à grande no Porto, Maré de músicas do mundo na Póvoa de Varzim, O Cerejal em Lisboa e Hantígona em Viana do Castelo, de onde vem Chico da Tina com novo álbum.

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The Sey Sisters integram o cartaz do festival Maré DR
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O Cerejal segundo Tiago Rodrigues chega ao D. Maria II Christophe Raynaud de Lage/Festival de Avignon
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O Teatro do Noroeste estreia Hantigona DR
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Joana Gama é cabeça de cartaz do Porto Comedy Fest Diogo Ventura
,Tony Carreira
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Chico da Tina apresenta ao vivo o novo E Agora Como É Que É DR

Maré de raiz

Com “a música de raiz como impulso criativo” e um cartaz vindo de várias geografias, o festival Maré torna a lançar âncora na Póvoa de Varzim, depois da ausência forçada de 2020. A segunda edição abre com Maria Monda, grupo português de vozes femininas a reavivar, a cappella, a tradição polifónica, canções antigas e ritmos ancestrais, e fecha com o tom festivo e frenético do trio italiano Fanfara Station. Entre eles, sobem a palco o cantautor e contrabaixista Aníbal Zola, as harmonias soul/gospel das catalãs de ascendência ganesa The Sey Sisters, a sonoridade mestiça do colectivo Ayom, a viola campaniça de Raia, o Liwoningo da moçambicana Selma Uamusse, as fusões dos brasileiros Os Camelos, a poesia feita canção por Zeca Medeiros, a lusofonia a bordo do grupo Caravela e o samba segundo Mart’nália.

O Cerejal e a vez de Lisboa

No início de Julho, soube-se que Tiago Rodrigues seria o próximo director do Festival de Avignon. Exactamente nessa altura, o encenador estava em preparativos para estrear, nesse palco, a sua abordagem ao clássico O Cerejal de Tchékhov, com a estrelar Isabelle Huppert no papel principal. Meses depois do sucesso dessa apresentação, chega a vez de Lisboa assistir à peça, co-produzida pelo D. Maria II (onde Rodrigues deixa a posição de director artístico, a ocupar por Pedro Penim), antes que ela prossiga a carreira internacional em digressão pela Europa. Além de Huppert e dos outros 11 actores que compõem o elenco, o espectáculo conta com dois músicos: Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves.

Hantígona a Noroeste

Em Viana do Castelo, outro clássico vai à cena (ou oferece a inspiração) e o motivo de celebração também é outro. A festejar o seu 30.º aniversário, o Teatro do Noroeste está pronto a estrear a sua 148.ª produção: Hantígona segundo Guillermo Heras, autor e encenador da peça baseada no mito grego que Sófocles registou. “Aqui e agora, este coro ancestral atravessará o espaço e o tempo para contar a história de uma mítica família disfuncional”, anuncia a companhia que, para o elenco, conta com os actores residentes e com os convidados Ana Brandão, Joana de Viana e Pedro Almendra.

Rir à grande e à portuguesa

Apresenta-se como o “maior festival de stand-up comedy de sempre realizado em Portugal” e a afirmação é para levar a sério: são 50 os humoristas que participam no Porto Comedy Fest. Eduardo Marques é o anfitrião e programador. À cabeça do cartaz vêm Joana Gama, Luana do Bem, Daniel Carapeto, Salvador Martinha, Guilherme Duarte, André de Freitas, Pedro Durão, Guilherme Fonseca, Pedro Sousa e Vasco Elvas. E, além das actuações, que se sucedem ao longo de cinco dias, há podcasts ao vivo, reservados para o último.

E agora, Chico da Tina? 

O diminutivo vem da concertina que se habituaram a ver-lhe às costas, enquanto deslizava no seu skate. A popularidade veio de uma veia de rapper capaz de fazer colidir/fundir o urbano com o tradicional, a gíria de rua com as castanholas, com ousadia e subversão q.b. Veio também do Prémio Mimo de Música que o festival de Amarante lhe atribuiu. E resultou numa atenção viral na ordem dos milhões de visualizações para os seus vídeos. É na condição de Minho Trapstar em ascensão (nome que deu ao disco que lançou em 2019) que o “trovador” de Viana do Castelo sobe agora a dois grandes palcos de Lisboa e Porto, desta vez levando às costas o novo álbum, E Agora Como É Que É.

 

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