Ex-director do Património Cultural vai ser director municipal em Lisboa
Carlos Moedas muda as chefias da Gestão Patrimonial, do Urbanismo, do Ambiente e da Cultura.
O ex-director do Património Cultural, Bernardo Alabaça, vai ser director municipal na Câmara de Lisboa. A autarquia discute esta sexta-feira a nomeação de quatro novos directores municipais e o engenheiro com larga experiência no sector imobiliário é o nome proposto por Carlos Moedas para a pasta da Gestão Patrimonial.
Bernardo Alabaça foi exonerado da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) em Junho deste ano pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, menos de um ano e meio depois de ter sido nomeado. Recebido inicialmente com desconfiança, sobretudo devido às suas ligações ao imobiliário, acabaria por sair com elogios do sector cultural.
Antes da sua chegada à DGPC, em Fevereiro de 2020, Alabaça colaborou com a câmara na identificação de imóveis do Estado potencialmente interessantes e, mais tarde, enquanto assessor da empresa municipal SRU, trabalhou no Programa de Renda Acessível. Em ambas as situações lidou de perto com o homem que agora vai substituir, António Furtado, que era director municipal de Gestão Patrimonial desde 2015.
Esta não é a única chefia a mudar agora que entrou em funções um novo executivo PSD/CDS. A proposta que Moedas leva esta sexta a votos inclui trocas nas direcções municipais do Urbanismo, do Ambiente e da Cultura.
No Urbanismo, o nome proposto é o de Sofia Tropa, que trabalha na câmara desde 2015, depois de uma primeira passagem pela autarquia no fim da década de 1990. Nos últimos três anos, a engenheira foi chefe da Divisão de Gestão de Projectos de Espaço Público. Nesse departamento coordenou o programa Uma Praça em Cada Bairro e geriu o projecto de requalificação do eixo entre o Marquês de Pombal e Entrecampos.
Sofia Tropa vai substituir Rosália Russo, que chegou ao cargo em Janeiro de 2020 por nomeação do então vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo.
Para a Direcção Municipal do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, a escolha recai sobre Catarina Marques de Freitas, doutorada em Biotecnologia pelo Instituto Superior Técnico que exerceu iguais funções na Câmara de Almada. Substituirá Ângelo Mesquita, que era director municipal desde 2005 e pediu a reforma este ano.
Já o futuro director municipal de Cultura será Carlos Moura-Carvalho, advogado, que foi director-geral das Artes entre 2015 e 2016, lançou a rede de Cabines de Leitura e, mais recentemente, lançou e dirigiu o festival literário Abecedário. Vai ocupar o cargo até agora ocupado por Manuel Veiga, director municipal desde 2013.
A ser aprovada a proposta, todos os nomeados entrarão em funções em regime de substituição. A Câmara de Lisboa não abre concursos para cargos dirigentes pelo menos desde 2015.