Trabalhadora agrícola burlou dezenas de pessoas com alugueres de quartos e casas de férias
Mulher actuava sozinha desde 2014, convencendo vítimas a fazerem-lhe transferências bancárias para pagar bens que não existiam.
Uma trabalhadora agrícola de 33 anos burlou dezenas de pessoas com arrendamentos fictícios de quartos para estudantes e casas de férias. Também recorria à venda online de diversos artigos, desde veículos até animais. Convencia as vítimas a fazerem-lhe transferências bancárias e estas pagavam a caução dos imóveis ou os artigos em causa, só descobrindo demasiado tarde que não iam receber nada em troca.
Segundo um comunicado da Polícia Judiciária, a mulher recorria a estes expedientes desde 2014, pelo que as burlas que praticou podem ascender a dezenas ou mesmo centenas de milhares de euros. Suspeita-se de que o fizesse para financiar os seus impulsos consumistas. Divorciada e com dois filhos menores, a arguida actuava aparentemente sozinha, sem a ajuda de ninguém. O facto de nunca ter frequentado sequer o nono ano de escolaridade não foi obstáculo ao seu desempenho, que passava por recolher online fotos de casas de férias e quartos reais para as introduzir nos seus anúncios.
Ao longo destes sete anos burlou pessoas por todo o país sem sair de casa, a partir da sua residência em Bornes, Macedo de Cavaleiros, no Nordeste transmontano. O esquema foi desmantelado pela Directoria do Centro da Polícia Judiciária. Apresente perante as autoridades judiciárias competentes, a suspeita ficou sujeita à obrigação de apresentação periódica diária no posto policial da sua área de residência e ainda proibida de aceder à Internet.