Novo dia de protestos violentos contra restrições da covid nos Países Baixos
Violência espalhou-se por várias cidades com epicentro em Haia, onde o presidente decretou o estado de emergência.
Os Países Baixos voltaram a ter no sábado, pelo segundo dia consecutivo, protestos contra a introdução de novas restrições por causa da pandemia de coronavírus que redundaram em violência, confrontos com a polícia e mais de 30 detidos em todo o país.
Às pedras, incêndios e fogo-de-artifício a que recorreram os manifestantes, respondeu a polícia com polícia montada, cães e canhões de água, num repetir do cenário de violência que já se tinha sentido em Janeiro, também em reacção às restrições por causa da covid-19.
Ao contrário de sexta-feira, desta vez os protestos em Roterdão foram pacíficos – na sexta-feira a polícia deteve 51 pessoas na cidade e impôs o estado de emergência –, ao contrário de cidades como Haia, Roermond, Urk e Buschoten, onde a noite ficou marcada por confrontos, carros incendiados e detenções.
A situação levou o presidente da Câmara de Haia a decretar o estado de emergência na cidade. Além de rebentarem fogo-de-artifício em direcção à polícia, um manifestante atirou uma pedra contra uma ambulância que transportava um paciente, adiantou a NOS, que pertence à televisão pública neerlandesa.
A polícia afirmou no Twitter que sete pessoas foram detidas e que cinco agentes da polícia ficaram feridos, tendo um deles recebido assistência médica no hospital.
Este domingo, dois desafios de futebol da primeira divisão holandesa (Eredivisie), em Alkmaar e Almelo, foram momentaneamente interrompidos por adeptos que pretendiam assistir aos encontros, apesar das regras do confinamento impedirem espectáculos desportivos com presença de público.
Perante a violência de sexta-feira em Roterdão, a polícia mobilizou um grande aparato de segurança em várias cidades do país para tentar evitar que os protestos atingissem o mesmo nível de violência.