Protesto contra restrições sanitárias em Bruxelas acaba em violência

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se contra as novas medidas para conter a covid-19 na Bélgica. Manifestantes usaram fogo-de-artifício e bombas de fumo; polícia respondeu com canhões de água e gás lacrimogéneo.

O protestos começou por ser pacífico, mas os manifestantes começaram a lançar fogo-de-artifício e bombas de fumo
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O protestos começou por ser pacífico, mas os manifestantes começaram a lançar fogo-de-artifício e bombas de fumo JOHANNA GERON/Reuters
A polícia belga respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água
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A polícia belga respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água STEPHANIE LECOCQ/EPA

Cerca de 35 mil pessoas saíram às ruas em Bruxelas para protestar contra as medidas sanitárias para conter a nova vaga de covid-19, segundo as autoridades. Num protesto que acabou em violência, com os manifestantes a lançarem fogo-de-artifício e bombas de fumo na direcção da polícia, segundo o jornal belga Le Soir. Para dispersar as pessoas, a polícia usou canhões de água e gás lacrimogéneo.

A marcha, denominada “Juntos pela Liberdade”, começou de forma pacífica em protesto contra as novas restrições sanitárias anunciadas pelo Governo na quarta-feira devido ao galopante ressurgimento de infecções de covid-19.

“Denunciamos as medidas que restringem a liberdade, que não têm constituído uma solução estrutural para os serviços de saúde”, disseram os organizadores do protesto numa declaração.

Várias pessoas começaram a lançar fogo-de-artifício e bombas de fumo (alguns media falam em projécteis) e entraram em confronto com a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água. Por volta das 17 horas locais (16 horas em Lisboa), os manifestantes já se tinham dispersado, disse a polícia belga.

O continente europeu está a assistir a um elevado ressurgimento de novos casos de covid-19. E a Bélgica é um dos países mais afectados por esta última vaga. Para lhe fazer frente, o Governo actualizou na quarta-feira as regras para o teletrabalho – os belgas vão trabalhar em casa quatro dias por semana até meados de Dezembro – e apertou as restrições contra as pessoas não vacinadas.

Também foram impostas novas regras para o uso de máscara, que será obrigatória mesmo em locais onde a apresentação dos certificados de covid-19 já é necessária. E há intenções de tornar obrigatórias as vacinas contra o coronavírus para os profissionais de saúde.

A Bélgica, também à semelhança de outros países europeus, está a assistir a uma onda de manifestações contra as medidas sanitárias: em Itália, na Áustria, na Croácia e nos Países Baixos multidões de pessoas protestaram contra as restrições. Alguns dos protestos evoluíram para a violência, nomeadamente em Roterdão, na sexta-feira, onde houve confrontos entre os manifestantes e a polícia.

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