De Lisboa ao Algarve, um guia para que os turistas não percam nenhuma ave nos céus
João Jara, Helder Costa e Ray Tipper escreveram um guia para que os observadores de aves que chegam ao país não percam a oportunidade de ver as que sobrevoam Lisboa e o território além do Tejo. Em Mértola, aposta-se neste mercado do turismo de birdwatching, como fonte geradora de valor económico num território cada vez mais desertificado.
António Marques tem a mão firme e experiente que sabe onde e como agarrar o irrequieto pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) para que este não lhe escape. “O pisco tem a mesma plumagem tanto no macho como na fêmea”, explica-nos, enquanto o observa com atenção. A diferença, nota, só se consegue identificar durante o período de nidificação. “As fêmeas fazem uma pelada de incubação. Tiram as penas todas do abdómen que é para poderem chocar os ovinhos.” Observado o pisco, o anilhador científico concluiu que este será um passeriforme nascido este ano, a julgar pelas terminações das penas das asas. “Os juvenis têm as asas assim mais bicudas”, demonstra.
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