Google chega a acordo com editores alemães para pagamento de direitos de autor
Acordo surge depois da aprovação de uma lei na Alemanha que garante aos editores direitos adicionais sobre os seus conteúdos.
A Google informou esta sexta-feira que chegou a acordo com vários editores alemães para evitar disputas em torno de direitos de autor, devido à sua utilização de material destes.
O conglomerado da internet especificou que entre os acordos que fez estão os relativos aos semanários Der Spiegel e Die Zeit, aos portais de tecnologia Golem e Netzwelt, bem como às publicações de negócios WirtschaftsWoche e Manager Magazin.
Em comunicado, a empresa adiantou que “numerosas conversações com vários editores estão em estágio avançado”.
A novidade vem no seguimento de uma lei introduzida pelo Executivo alemão, em Junho, que garante aos editores direitos adicionais sobre os seus conteúdos.
A nova lei distingue entre o uso de excertos muito curtos e a disponibilização de textos extensos, mas não esclarece a diferença entre os dois.
O acordo visa evitar disputas judiciais custosas e prolongadas sobre esta distinção.
A Google avançou ainda que os pagamentos aos editores vão ser “baseados em princípios de direitos de autor estabelecidos e seguir critérios consistentes”, sem elaborar.
A Google e a France-Presse (AFP) anunciaram esta semana um acordo inédito, após 18 meses de negociações, mediante o qual a empresa do motor de busca vai pagar pela utilização dos conteúdos da agência nos últimos cinco anos. O montante, fixo, que a AFP vai receber não foi divulgado.
Este foi o primeiro acordo concluído por uma agência noticiosa europeia ao abrigo de uma directiva europeia sobre direitos próximos dos de autor, adoptada em Março de 2019.
A questão da partilha das receitas obtidas através da Internet está no centro das tensões entre os conglomerados das redes sociais e os meios de comunicação.
“É um acordo que cobre toda a União Europeia, em todas as línguas da AFP, incluindo as dos países que não transpuseram a directiva”, congratulou-se o presidente executivo da AFP, Fabrice Fries, que qualificou o acordo como “pioneiro”.