Governo admite regresso do teletrabalho se pandemia evoluir negativamente

Número de novas infecções em Portugal tem aumentado nas últimas semanas.

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Portugal pode regressar ao teletrabalho se o total de novos casos continuar a aumentar LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, admitiu, na segunda-feira, um eventual regresso ao teletrabalho caso os números da pandemia de covid-19 continuem a aumentar.

“Como sempre, vamos avaliando e implementando a cada momento as medidas que seja necessárias. Essa tem sido, aliás, a actuação permanente que temos feito. Sempre em diálogo permanente e com as indicações que temos por parte da Saúde, em função dos níveis de risco”, disse Ana Mendes Godinho, à margem da Conferência Internacional sobre Colaboração e Governação Integrada, em Lisboa.

Desde final de Setembro que Portugal se aproxima cada vez mais da “zona vermelha” no “semáforo” de risco pandémico apresentado pelo Governo em Março. A subida na incidência e transmissibilidade do vírus tem sido gradual no último mês e meio, com um aumento mais significativo desde 22 de Outubro. A incidência estava, na sexta-feira, nos 133,3 casos por 100 mil habitantes. Este valor é superior ao limite de 120 casos por 100 mil habitantes definido pelo Governo, em Março passado, para o avanço, travagem ou recuo dos vários planos de desconfinamento previstos para o país.

A ministra disse ainda estar preocupada com a situação nos lares de idosos, onde, e apesar dos esforços feitos para vacinar a população com uma dose de reforço da vacina contra a covid-19, o número de novas infecções também tem aumentado. “Os lares reflectem a evolução da pandemia que acontece a nível geral. Estamos sempre a acompanhar o número de surtos ou de situações que mereçam uma resposta rápida”, disse a governante. 

Alemanha prepara regresso do teletrabalho 

A Alemanha está a preparar o regresso maciço ao teletrabalho, segundo um projecto de lei do Governo para deter uma nova vaga da pandemia covid-19, depois de o ter levantado em Julho deste ano, noticia este domingo a agência France-Presse.

A reintrodução da norma do trabalho no domicílio surge na sequência do aumento “inquietante” dos números de novos casos diários e de mortes, desde meados de Outubro, num país em que a taxa de vacinação atinge apenas 67%.

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