Faustin Linyekula e a dança como fabricação de uma nação

Histoires du Théâtre II regressa a uma memória de infância do criador congolês: o primeiro espectáculo do Ballet Nacional do Zaire. A 13 e 14, na Culturgest, a abertura do Alkantara mergulha num momento histórico de um país, agora sem inocência.

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Agathe Poupeney / Divergence

À frente do NT Gent desde 2018, Milo Rau agitou por completo a programação do teatro belga e, num dos seus gestos de alcance mais prolongado no tempo, decidiu criar uma série intitulada Histoire(s) du Théâtre — parcialmente inspirada pelas Histoire(s) du Cinéma de Jean-Luc Godard. O próprio Milo Rau, à frente de um texto colectivo, assumiu a encenação do primeiro capítulo, La Reprise — Histoire(s) du Théatre (I), questionando a dramatização em palco de um acontecimento real (o violento assassínio de um homossexual em Liège, em 2012), a representação de um momento histórico concreto, as implicações da encenação da violência em palco, a existência justa de uma vítima em cena. Na altura da estreia, e preparando a série com a devida antecipação, tinham já voado convites para os criadores que dariam continuação à série: a espanhola Angélica Liddell e o congolês Faustin Linyekula.

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