Marcelo pede pontes em vez de trincheiras no Dia Contra o Fascismo e Anti-semitismo

Em nome de um futuro melhor, mais aberto, mais inclusivo, mais próspero e mais humano para todos.

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Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/ELTON MONTEIRO

O Presidente da República fez esta terça-feira um apelo ao diálogo, à conciliação e à construção de pontes, em vez de trincheiras, ódio e divisão, no Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-semitismo. Marcelo Rebelo de Sousa assinalou esta data com uma mensagem escrita, na qual se lê: “Neste 9 de Novembro, Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-semitismo, o Presidente da República evoca a necessidade urgente de substituirmos ao ódio e ao antagonismo a linguagem do diálogo e da abertura ao outro, seja este próximo ou distante”.

“A história do nosso continente destinou a esta data um momento de contrição e reflexão, mas também de projecção no futuro da nossa capacidade de nos renovarmos, como sociedade. Hoje como nunca, esta aspiração depara obstáculos de todos os lados”, referiu o chefe de Estado. Em seguida, no texto publicado no sítio oficial da Presidência da República, apelou: “Em vez de muros e fronteiras, demos as mãos, escutemo-nos uns aos outros, unamo-nos. Às trincheiras respondamos com pontes”.

“À divisão respondamos com a racionalidade do diálogo e da conciliação --- em memória das chagas da nossa história comum, em memória do exemplo, recentemente homenageado, de Aristides de Sousa Mendes, e em nome de um futuro melhor, mais aberto, mais inclusivo, mais próspero, mais humano, para todos. À divisão respondamos com a racionalidade do diálogo e da conciliação”, acrescentou.

Há três anos, nesta data, Marcelo Rebelo de Sousa discursou na Assembleia da República numa sessão solene sobre os 40 anos da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Nessa ocasião, o Presidente da República lembrou “aqueles 9 e 10 de Novembro de 1938, há precisamente 80 anos, em que 7500 lojas judaicas viram os seus vidros partidos, 267 sinagogas foram destruídas, 1919 incendiadas, numa “Noite de Cristal” -- a chamaram os seus autores -- prenúncio de outras longuíssimas e terríveis noites que haveriam de dilacerar a Europa”.