Polícia sobrevive a ataque com faca em Cannes
O Ministro do Interior Gerald Darmanin afirmou que o polícia estava a usar um colete à prova de bala e não ficou ferido. O agressor foi “neutralizado”.
Um polícia foi esfaqueado esta segunda-feira em Cannes, no sul da França, num ataque que as autoridades, citadas pelos meios de comunicação locais, acreditam ter acontecido “em nome do profeta” Maomé.
O Ministro do Interior Gerald Darmanin afirmou que o polícia que sofreu o ataque estava a usar um colete à prova de bala e não ficou ferido. O agressor foi “neutralizado”, disse, sem acrescentar mais informação sobre o atacante ou possível motivo.
Darmain irá visitar o local ao longo desta segunda-feira: “Vou imediatamente ao local esta manhã e ofereço o meu apoio à polícia nacional e à cidade de Cannes”, escreveu na sua conta do Twitter.
O acidente aconteceu pelas 6h35 (hora local, 5h35 em Portugal continental) desta segunda-feira. De acordo com a BFM TV, que cita uma fonte da polícia, o atacante terá aberto a porta de um carro da polícia estacionado em frente à esquadra e esfaqueou o agente ao volante com uma faca “ao nível do tórax”, completa o jornal Nice Matin. O suspeito terá tentado então atacar um outro polícia, mas um terceiro agente no veículo abriu fogo, ferindo gravemente o agressor.
De acordo com as informações divulgadas pelo jornal Le Figaro e pela BFM TV, o suspeito tinha nacionalidade argelina. A BFM TV afirma que era desconhecido das autoridades e o Le Figaro escreve que tinha uma autorização de residência italiana. Ambos os meios de comunicação escrevem que o atacante nasceu em 1984.
A BFM TV e o jornal Nice Matin citaram uma fonte policial como tendo dito que o suspeito tinha levado a cabo o ataque “em nome do Profeta” Maomé, sugerindo possíveis ligações extremistas islâmicos.
Os crimes violentos e ataques terroristas estão entre as principais preocupações dos eleitores, no período que antecede as eleições presidenciais do próximo ano.
O ataque coincide com o julgamento de Salah Abdeslam, o único membro sobrevivente da célula do Estado Islâmico que levou a cabo os ataques com armas e bombas a bares, restaurantes, a sala de concertos Bataclan e o estádio Stade de France a 13 de Novembro de 2015, que matou 130 pessoas.