MotoGP: Bagnaia vence no Algarve, Oliveira volta a cair
Piloto português seguia na 10.ª posição quando foi abalroado por Iker Lecuona. Bandeira vermelha foi exibida logo a seguir.
Cerca de 28 mil espectadores assistiram neste domingo, in loco, ao triunfo de Francesco Bagnaia no Grande Prémio do Algarve, a segunda paragem em Portugal do Mundial de MotoGP em 2021. Foi praticamente um monólogo para o piloto da Ducati, que alcançou a terceira vitória da temporada.
Já com o título mundial entregue a Fabio Quartararo, as atenções (especialmente dos adeptos portugueses) centraram-se essencialmente na prestação de Miguel Oliveira. Depois de uma sessão de qualificação pouco feliz, o português partiu bem de trás, de um 17.º lugar que espelhava a irregularidade da KTM ao longo da época. Mas as duas primeiras voltas foram promissoras.
Graças a uma excelente partida, Oliveira foi ganhando posições e, à entrada para a terceira volta ao circuito algarvio, era já 10.º classificado. Conseguiria o piloto de Almada continuar a trepar na hierarquia da corrida? A luta pelo nono posto foi inicialmente travada com Pol Espargaró, mas o espanhol descolou e o duelo passou a ser com Alex Rins.
A meio da prova, o português (que alinhou com pneu médio à frente e duro atrás) estava a quatro décimos de segundo de Rins, mas também obrigado a estar atento às movimentações de Enea Bastianini, que ia no seu encalço. E acabou por ficar emparelhado entre estas duas realidades, até perder alguma competitividade no último terço da corrida.
Por isso, quando Quartararo abandonou na curva cinco, a cinco voltas do fim, Oliveira já tinha sido ultrapassado e limitou-se, nesta conjuntura, a manter a 10.ª posição. Era uma espécie de minimização de danos, mas o cenário haveria de piorar. A duas voltas e meia do fim, o piloto português sofreu um despiste, depois de ter sido abalroado por Iker Lecuona, e abandonou o recinto de maca.
Gerou-se alguma apreensão em torno do estado de saúde do piloto de Almada, mas instantes depois já parecia recuperado e a caminhar pelo próprio pé. Certo é que o incidente que provocou o abandono de Miguel Oliveira (o segundo consecutivo) motivou uma investigação dos comissários.
A direcção de corrida accionou a bandeira vermelha e fechou as contas do Grande Prémio, com Bagnaia a segurar a liderança sem percalços, Joan Mir a manter o segundo lugar e Jack Miller (que travou um interessante duelo com Alex Márquez) a fechar o pódio.
“Fizemos um trabalho excelente neste fim-de-semana. Adorei todas as sessões, a moto esteve incrível... Fiquei assustado com a bandeira vermelha, pensei que alguém se tivesse magoado, mas felizmente está tudo bem. Gostaria de ter levado a corrida até à bandeira xadrez, mas são coisas que acontecem”, resumiu “Pecco” Bagnaia no final da corrida, também satisfeito pelo título de construtores arrebatado pela Ducati.