Jorge Jesus diz que o Benfica não jogará em Munique o futuro na Champions
Ainda sobre o duelo com o Bayern, o técnico deixou claro que o Benfica se limitou a preparar o jogo apenas na teoria.
Jorge Jesus, treinador do Benfica, não crê que o Bayern-Benfica, desta terça-feira (20h, Eleven), vá ditar o apuramento ou a eliminação dos “encarnados” na Liga dos Campeões, prevenindo, desta forma, uma eventual derrota em Munique. “Depois do sorteio, toda a gente pôs Bayern e Barcelona nos dois primeiros, mas o Benfica está a discutir o apuramento. E não é este jogo que nos vai dar o apuramento na fase de grupos. Isso será em Camp Nou [frente ao Barcelona] e na Luz, com o Dínamo de Kiev”, preveniu, nesta segunda-feira, na antevisão da viagem à Alemanha.
Ainda sobre o duelo com os germânicos, uma equipa que Jesus destaca por ser muito poderosa fisicamente, o técnico deixou claro que o Benfica se limitou a recuperar e preparar o Bayern… apenas na teoria.
“Se nos preparámos? Na teoria, sim. Vamos ver se na prática temos capacidade para isso. O tempo que temos para preparar os jogadores [houve jogo com o Estoril no sábado] é mais na teoria do que na prática”, apontou.
E destacou que detalhes quer que o Benfica, explore, até pela observação da recente goleada sofrida pelos Bávaros, frente ao Borussia Mönchengladbach. “Vi esse jogo e percebi como é que o Bayern perdeu por 5-0. O Bayern não é forte em tudo e temos de tentar explorar as saídas rápidas, porque o Bayern defende com poucos jogadores e pode ser surpreendido (…) vamos para o jogo a pensar que podemos ganhar, mas sabemos que o Bayern nos vai obrigar a defender muito e não nos vai deixar sair de zonas de pressão”.
Momento mental do Benfica
Boa parte da conferência de imprensa foi ocupada com questões acerca do momento de forma do Benfica, que venceu apenas um jogo nos últimos quatro. Jorge Jesus optou sempre por desvalorizar as perguntas, destacando que a análise ao momento de forma não pode ser apenas nos últimos jogos, mas na época toda.
“Isso é conforme quiserem pintar o quadro. Há quem pinte o quadro com quatro jogos, mas eu pinto com 19 jogos. E até à jornada com o Estoril éramos líderes do campeonato”, destacou. E foi mais longe: “Quantos jogos foram no campeonato? Dez. Quantas vitórias? Oito. É ou não é? Quanto é a percentagem de vitórias? 80 e tal por cento”.
Apesar de desvalorizar os resultados negativos, o técnico assumiu que o empate no Estoril deixou marcas. “Emocional e psicologicamente, naquelas primeiras 24 horas o empate deixa-nos completamente… não direi arrasados, mas sentidos, por termos perdido dois pontos. Temos de saber conviver com isto, mas que mexe com a equipa, mexe”.