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Blinken alerta China contra acções unilaterais face a Taiwan

O secretário de Estado dos EUA frisou que os EUA se opõem às acções chinesas no estreito de Taiwan. Washington e Pequim reconheceram a importância de manter as linhas de comunicação abertas.

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reúnem-se à margem do encontro do G20, em Roma POOL/Reuters

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reuniram-se durante uma hora à margem do G20, neste domingo, e Blinken deixou “bastante claro” que Washington se opõe a qualquer mudança unilateral de Pequim quanto a Taiwan.

O encontro entre os dois dirigentes foi mais um passo no objectivo de gerir a intensa competição entre as duas maiores economias do mundo, disse um responsável do Departamento do Estado, citado pela Reuters, acrescentando que ambas as partes reconhecem a necessidade de manter abertas as linhas de comunicação.

A conversa deverá abrir caminho para um encontro virtual no final do ano entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping.

Responsáveis norte-americanos descreveram a conversa como sincera, construtiva e produtiva, referindo que Blinken foi claro quanto às preocupações dos EUA. Quanto a Taiwan, que tem sido um foco de tensão entre as duas potências, Blinken frisou que os EUA se opõem às acções chinesas no estreito de Taiwan. Reforçou, ainda assim, que Washington mantinha a sua política de “uma China”.

O aumento dos exercícios militares na Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan é visto por Taipé como parte da crescente intimidação militar de Pequim. A China, por sua vez, reivindica Taiwan como parte do seu território e encara a intervenção estrangeira na ilha como uma interferência nos seus assuntos internos.

Os EUA têm seguido uma política de “ambiguidade estratégica” em relação à China, mantendo relações informais e laços de defesa com Taiwan. Joe Biden disse há pouco mais de uma semana que os EUA defenderiam Taipé se fosse necessário.

Blinken também manifestou as suas preocupações sobre as acções chinesas que “prejudicam a ordem assente nas normas internacionais e que chocam com os nossos valores e interesses”, incluindo no que diz respeito aos direitos humanos, da província chinesa de Xinjiang, ao Tibete, a Hong Kong, e aos mares do Leste e do Sul da China, disse o Departamento do Estado.

Não foram discutidas questões comerciais, nem o recente teste de armamento hipersónico – que, segundo especialistas militares, parece demonstrar a ambição de Pequim de conseguir um sistema para orbitar o planeta desenhado para escapar aos mísseis de defesa norte-americanos.

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