Laschet vai demitir-se da chefia do governo da Renânia do Norte-Vestefália

Líder da CDU alemã assumiu a responsabilidade pela derrota histórica dos democratas-cristãos nas eleições legislativas de Setembro. Saída da liderança do partido também é dada como certa.

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LEON KUEGELER/Reuters

Um mês depois de ter levado o seu partido ao pior resultado de sempre em eleições legislativas na Alemanha, o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Armin Laschet, anunciou que vai demitir-se do cargo de chefe do governo da Renânia do Norte-Vestefália na próxima semana.

Segundo a agência alemã DPA, Laschet, de 60 anos, vai comunicar a demissão na segunda-feira, um dia antes da sua tomada de posse como deputado no Parlamento nacional, o Bundestag. A lei do país não permite que o ainda líder da CDU acumule os cargos de chefe de governo de um estado federado e deputado a nível nacional.

O provável substituto de Laschet é o actual ministro dos Transportes da Renânia do Norte-Vestefália, Hendrik Wüst.

Armin Laschet reconheceu a sua responsabilidade na derrota histórica da CDU nas eleições legislativas de Setembro, que marcaram o fim da era Angela Merkel e da CDU na chefia do Governo da Alemanha, e indicou que acabará por abandonar a liderança do partido.

O partido mais votado nas eleições foi o Partido Social Democrata (SPD), que está em conversações com os Verdes e o Partido Liberal Democrata (FDP), para uma coligação inédita na História do país.

A aliança democrata-cristã da CDU e do seu partido gémeo na Baviera, a CSU, teve apenas 24,1% dos votos, ficando atrás do SPD (25,7%) e à frente dos Verdes (14,8%) e dos liberais (11,5%). Mais atrás ficaram a extrema-direita do Alternativa para a Alemanha (AfD, 10,3%) e a esquerda do Die Linke (4,9%).

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