Na véspera da COP26, Vivienne Westwood partilha a sua “Carta à Terra”
Além da designer britânica, a iniciativa contou ainda com o apoio do escritor Ben Okri e do coro infantil SOS From The Kids.
Com o aproximar da 26ª conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, a COP26, que se realizará em Glasglow, Escócia, entre 31 de Outubro e 12 de Novembro, a designer britânica Vivienne Westwood e o autor nigeriano Ben Okri apresentaram as suas “Cartas à Terra”, como parte da campanha contra a destruição do meio ambiente.
Foi no palco do célebre teatro londrino Shakespeare's Globe que as personalidades, juntamente com o coro infantil SOS From The Kids — um grupo de crianças que escrevem e interpretam canções em defesa do ambiente e que foi convidado a estar presente na COP26 —, leram e gravaram as suas cartas. A gravação será lançada na próxima semana.
Com 80 anos, o lado activista pelas causas ambientais da irreverente Westwood sempre foi conhecido e, agora, a criadora volta a chamar a atenção para a necessidade de existir uma economia mais sustentável e uma maior preservação da vida selvagem. “Voltar a dar vida ao mundo selvagem não quer dizer que tenhamos de acabar com a agricultura e tudo de uma vez, significa usar a terra mas respeitando a natureza. É preciso dar à natureza tempo para ela própria ser capaz de revitalizar o seu solo”, explica a designer à Reuters.
A campanha mundial “Cartas à Terra” é uma iniciativa que, desde a sua criação em 2019, conta com a participação de outras caras conhecidas como Yoko Ono e do actor Oscar Mark Rylance. O objectivo é que os seus autores escrevam aquelas que consideram ser as preocupações mais urgentes na defesa do ambiente. “O que tentamos fazer com a 26ª conferência das Nações Unidas à porta é sensibilizar as pessoas para a luta contra as alterações climáticas”, declara Kay Michael, o co-fundador do projecto. “Acreditamos que para fazer isso é preciso convidá-las a expressarem o que para elas seria um mundo melhor.”
Okri, vencedor do prémio literário Booker Prize, apresentou “The Age of Catastrophes”, que já tinha sido publicada. “A minha carta pede à Terra para nos castigar”, disse o autor. “É tempo que tenhamos alguma responsabilidade sobre o que estamos a fazer ao mundo”, justifica.
Por sua vez, o coro infantil que usa as suas canções como forma de activismo ambiental, exigiu ainda uma maior protecção da natureza, das espécies selvagens e justiça para os mais prejudicados com a destruição ambiental.