Guitarrista Manuel de Oliveira apresenta Entre-Lugar em Lisboa, Braga e Castelo Branco

Lançado em 2021, o álbum Entre-Lugar estreia-se agora em Lisboa. O fadista Marco Rodrigues é o convidado especial de Manuel de Oliveira, que homenageia neste disco o guitarrista Aprígio Oliveira, seu pai e mestre, José Afonso e Paco de Lucía.

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Manuel de Oliveira num videoclipe gravado em Ponte de Lima DR

Era para ser um disco integralmente gravado ao vivo, mas a pandemia trocou-lhe as voltas. Entre-Lugar, que sucede a Ibéria (2002), a Amarte (2005) e a Ibéria Live (2015) na discografia do guitarrista Manuel de Oliveira, acabou por ser gravado em estúdio na primeira fase do confinamento ditado pela pandemia da covid-19. Numa segunda fase, preparou-se a série de concertos cuja agenda a pandemia também baralhou. Estreia-se agora em Lisboa, no palco do Teatro Maria Matos (dia 19, às 21h), seguindo para Braga (Theatro Circo, dia 22, 21h30) e Castelo Branco (Cine Teatro Avenida, dia 23, 21h30).

Guitarrista, compositor, nascido em Guimarães em 1978, Manuel de Oliveira gravou Entre-Lugar com João Frade (acordeão) e Sandra Martins (violoncelo), além de um lote de convidados, entre os quais o fadista Marco Rodrigues, que também participa agora nos concertos que finalmente se concretizam. O disco, como Manuel de Oliveira disse ao PÚBLICO por altura do lançamento, é uma súmula das influências que ele foi tendo desde que pegou pela primeira vez numa guitarra, aos 7 anos, passando por trabalhar com outros músicos (Hélder Moutinho, António Chaínho, Dulce Pontes, Janita Salomé e Vitorino, entre outros), por um trio que formou com dois dos músicos de Paco de Lucía, Jorge Pardo (sopros) e Carles Benavent (baixo) e pela concepção e produção da cerimónia oficial de abertura da Capital Europeia da Cultura 2012 na sua terra natal.

Com um total de oito temas, os primeiros cinco são uma espécie de desenvolvimento do título do disco e do que lhe dá origem (Raia, Neia, Vento Norte, Entre-Lugar, Vento Sul), enquanto os últimos três têm, todos eles, dedicatória: O sopro, o único tema com letra e cantado no disco por Marco Rodrigues, é dedicado por Manuel de Oliveira ao seu pai e também mestre, o guitarrista Aprígio Oliveira; Venham mais cinco é uma versão instrumental do célebre tema de José Afonso (1929-1987) que homenageia o seu autor; e, por fim, Caminhos magnéticos é uma homenagem a Paco de Lucía (1947-2014).

Com Manuel de Oliveira (guitarra, braguesa e percussão), estarão nestes concertos, além do fadista Marco Rodrigues (voz), os músicos João Frade (acordeão e percussão), Sandra Martins (violoncelo e percussão) e José Silva (Zecas) (baixo acústico).

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