La Palma regista sismo de magnitude 4,5 na Escala de Richter - o maior até agora

A actividade sísmica aumentou nas últimas horas em La Palma. As autoridades ordenaram no final desta quarta-feira a evacuação de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane.

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Três dos 60 terramotos registados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 Reuters/SERGIO PEREZ
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As autoridades ordenaram no final desta quarta-feira a evacuação de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane Reuters/SERGIO PEREZ

Foram registados 60 sismos na ilha de La Palma (Canárias) desde as 0h desta quinta-feira, um deles de 4,5 graus na Escala de Richter​, o maior sentido até agora desde que a erupção do vulcão começou, há 26 dias.

Segundo o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a actividade sísmica aumentou nas últimas horas em La Palma, depois de na quarta-feira ter diminuído ligeiramente.

Três dos 60 terramotos registados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 (a mesma hora em Lisboa), em Mazo, a uma profundidade de 37 quilómetros, após outro de 4,1 graus, também nesta cidade, três segundos antes do anterior e à mesma profundidade.

O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com uma magnitude de grau 3,6, a uma profundidade de 10 quilómetros às 5h30 desta quinta-feira.

As autoridades ordenaram no final desta quarta-feira a evacuação de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do vulcão Cumbre Vieja.

Segundo fonte do Governo regional das Canárias, citada pela agência espanhola Efe, estima-se que esta nova evacuação afecte cerca de 15 residentes.

Esta é a segunda evacuação em apenas 24 horas devido a um novo deslizamento de terras que ocorreu nos últimos dias a norte do principal, depois de ter sido pedido a cerca de 800 residentes do bairro de La Laguna que abandonassem as suas casas na terça-feira à tarde.

Os indicadores monitorizados por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai acontecer a curto ou médio prazo, segundo a porta-voz do comité científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).

Segundo as medições do sistema de satélites europeu Copernicus, a lava ocupa 656 hectares e já afectou 1.541 construções, das quais 1458 foram destruídas.

A nuvem de dióxido de enxofre já atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até sexta-feira, informou na quarta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Usando previsões do modelo do Serviço de Monitorização Atmosférica do programa de observação por satélite europeu Copernicus, a “intrusão de dióxido de enxofre” está acima dos 3000 metros de altitude, “não afectando por isso as concentrações deste gás à superfície”.