Receitas com leilões de carbono rondam 750 milhões
As receitas do Fundo Ambiental para 2022 deverão crescer de 475 milhões de euros em 2021.
As receitas do Fundo Ambiental com os leilões de licenças de emissões de carbono deverão rondar em 2022 os 750 milhões de euros, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) que foi entregue na Assembleia da República.
Do total de receita consolidada do Ministério do Ambiente da Acção Climática em 2022, “que ascende a 3825 milhões de euros, destacam-se as vendas de bens e serviços no valor de 763,9 milhões de euros, sobretudo arrecadadas pelo Fundo Ambiental no âmbito dos leilões (CELE)”, refere o relatório preparado pela equipa do ministro João Leão.
O Programa Orçamental do Ambiente e Acção Climática apresenta uma dotação de despesa total consolidada de 3824,6 milhões de euros, que excede em 29,4% a previsão da execução para 2021, para o qual contribuirá “particularmente o valor das transferências correntes, designadamente do Fundo Ambiental”, lê-se ainda.
As receitas do Fundo Ambiental para 2022 deverão crescer de 475 milhões de euros em 2021, para perto de mil milhões de euros em 2022. A principal razão é mesmo o aumento da cotação dos leilões de licenças de emissões de carbono. Em 2018, a cotação por tonelada tinha um valor médio pouco superior a 15 euros e, para 2022, foi orçamentada uma cotação média de 45 euros, ou seja, o triplo do valor (ainda assim, abaixo da cotação actual, na casa dos 60 euros por tonelada).
A somar a isto, o Fundo Ambiental conta também com uma verba de 246 milhões de euros provenientes do PRR para financiamento de projectos relacionados com o desenvolvimento sustentável e a descarbonização da economia.