O Fantasma da Ópera de Bruno Bravo não é o de Lloyd Webber

Popularizado enquanto musical, o romance gótico de Gaston Leroux chega agora à Culturgest, de 1 a 9 de Outubro, numa encenação que convoca literatura, música e dança, e joga mais com as obsessões de um génio do que as romantiza.

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Bruno Simão

É daquelas associações que não dá para contrariar: ouve-se Fantasma da Ópera e pensa-se no xaroposo Andrew Lloyd Webber. Ouve-se Fantasma da Ópera e pensa-se na história de amor obsessivo de um génio musical de rosto deformado (que se esconde por detrás de um fantasma) por uma cantora lírica abençoada pela beleza, cujo canto ele molda e educa até se transformar em algo prodigioso, a caminho de um relação impossível e que se conta na forma cantada. Bruno Bravo, encenador e fundador da companhia Primeiros Sintomas, sabe bem que são as canções de Lloyd Webber e, possivelmente, o rosto “transfigurado” de Gerald Butler (protagonista da versão do musical no cinema) que estarão pendurados na memória daqueles que se sentarem na Culturgest, Lisboa, de 1 a 9 de Outubro, para assistir à sua adaptação do romance gótico de Gaston Leroux de onde tudo partiu.

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