Fica em Coburgo e chama-se Teddybärenfabrikation, cuja tradução para português é literalmente “fábrica de ursos de peluche”. Com 108 anos de existência, a empresa familiar começou com Max Hermann e os seus irmãos Artur e Adelheid, em 1913. A empresa já produziu mais de 400 ursos de peluche de edições limitadas e, esta semana, apresentou um novo exemplar, feito em homenagem aos 16 anos de governação da chanceler alemã, Angela Merkel.
Neste novo urso, nada passou ao lado. O peluche, com cerca de 40 centímetros de altura, copia ao pormenor o cabelo, as jóias, o casaco vermelho e as calças pretas com que a chanceler costuma, tantas vezes, aparecer em público e até a tradicional pose das mãos de Merkel. O exemplar, vendido a 180 euros no site da fábrica alemã, já é tema de conversa no mundo cibernético e, graças à sua popularidade, está esgotado. A fábrica tinha planeado enviar a 16.ª unidade vendida à própria chanceler, como referência ao número de anos no cargo político.
Merkel não é, porém, a primeira figura conhecida a ser escolhida para ser representada num urso de peluche, a Teddybärenfabrikationha já fez a sua interpretação de Barack Obama, mas também de Helmut Schmidt, ex-chanceler da Alemanha, e de Isabel II. Há ainda toda uma panóplia de personagens, de reis a imperadores, papas, bispos, cientistas e artistas. De Napoleão Bonaparte à mãe da enfermagem Florence Nightingale, passando por figuras da ficção como o Fantasma da Ópera ou Sherlock Holmes.
Para Martin Hermann, o director daquela que é uma das fábricas mais antigas de ursos de peluche em todo o mundo, estes são muito mais do que bonecos para as os mais novos, são peças de arte coleccionáveis, o que explica também os preços a que são vendidos, geralmente entre os cem e os 300 euros. “Tentamos usar os peluches como formas de arte que representam momentos marcantes da história contemporânea”, explica o responsável ao jornal alemão Bild.
A empresa mantém assim viva, até aos dias de hoje, a tradição de criar ursos de peluche com os materiais da melhor qualidade, recorrendo muitas vezes a pêlo de cabra-angora ou até de alpaca.
Texto editado por Bárbara Wong