Marco Layera ouviu as histórias de raparigas desempoderadas — e transformou-as num manifesto

Ao longo de um ano, 170 raparigas adolescentes conversaram com o encenador do colectivo chileno La Re-Sentida sobre os episódios de violência e abuso que sofreram. O resultado é Paisajes para no colorear, peça que faz parte da programação do Mexe e inaugura a temporada 21/22 do Teatro Nacional São João. Apresenta-se no Teatro Carlos Alberto, este sábado, e no Teatro Viriato, na próxima sexta-feira.

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Nove raparigas adolescentes de nacionalidade chilena ocuparão o palco. Antes de as ver, no entanto, o público é confrontado com uma colecção de frases, projectadas numa tela. “Nove delas já foram chamadas de prostitutas.” “Duas delas tomam Zoloft [medicamento antidepressivo] todos os dias.” “Cinco delas já foram abusadas fisicamente pelos seus pais.” “Uma delas já teve um aborto.”

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