PGR abre inquérito a insultos de negacionistas a Ferro Rodrigues
Segundo um vídeo partilhado nas redes sociais, Ferro Rodrigues estava a almoçar com a mulher, enquanto dezenas de manifestantes o insultavam. O presidente da Assembleia da República lembra que o crime é público.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, disse esperar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpra o seu dever e abra um inquérito à manifestação de dezenas de negacionistas que, no Sábado, foram protestar para a frente do restaurante, onde almoçava com a mulher e o insultaram. De acordo com a revista Visão, Ferro Rodrigues sublinhou que se trata de um “crime público”. E acrescentou: “Espero que PGR cumpra o seu dever”.
Questionada pelo PÚBLICO a Procuradoria-Geral da república adiantou que já tinha aberto o inquérito com base na participação feita pela PSP. O inquérito corre no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
A PSP tinha dito à agência Lusa que ia participar ao Ministério Público os insultos proferidos no sábado contra o presidente da Assembleia da República. A Polícia de Segurança Pública não acrescentou mais informações sobre o caso.
Segundo um vídeo partilhado nas redes sociais, Ferro Rodrigues estava a almoçar com a mulher, enquanto dezenas de manifestantes o insultavam, apelidando o presidente da Assembleia da República, segunda figura mais alta do Estado, de “assassino”, “ordinário” e “gatuno” entre outras coisas. Os manifestantes chegaram a pegar nos telemóveis e a filmar e a fotografar pela janela do restaurante. Foram ainda feitos comentários sobre o vinho que bebia e quando foi pagar, ouve-se alguém a dizer: “Olha, a pagar com o dinheiro dos contribuintes!”
Os insultos continuaram quando Ferro Rodrigues e a mulher saíram do restaurante e se dirigiam para o carro, acompanhados do corpo de segurança pessoal do presidente a Assembleia da República.
Uma das manifestantes, de megafone em punho, ameaçou ainda o restaurante onde o casal se encontrava, prometendo que “nunca mais nenhum cliente deste restaurante vai ter paz”.
Os insultos foram feitos por uma dezena de negacionistas da covid-19 que no sábado protestaram em frente ao parlamento com o lema “Pelas nossas crianças - Rumo à Liberdade”.