“Pertenço a um cinema subterrâneo. Hoje estamos em Veneza, estamos à superfície durante alguns dias”

Diz que o seu cinema é subterrâneo. Mas a descida a uma das grutas mais profundas do mundo fê-lo deslizar pela superfície vermelha que é a passerelle da competição do Festival de Veneza. Não há cinema como o de Michelangelo Frammartino — que estabelece uma zona de contacto, uma outra forma de comunicação, com o invisível, com o fora de campo.

Foto
Michelangelo Frammartino John Phillips/Getty Images

Há 11 anos Michelangelo Frammartino, 53 anos, fez o seu anterior filme, As Quatro Voltas. Para o qual passou quatro anos a ver e a ouvir as coisas a acontecer numa aldeia da Calábria, região na ponta sul da bota italiana de onde são originários os pais.

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