Rodrigo Amado: há História a escrever-se por aqui

De uma assentada, o saxofonista lança dois novos espantosos álbuns que cimentam o seu lugar entre os criadores fundamentais da música improvisada actual. Aos comandos do quarteto This Is Our Language e do Motion Trio, há História a escrever-se por aqui.

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Cristina Marx

É sabido que o mundo da música gosta de listas. Melhores disto e daquilo, aqueles que se destacam neste ou naquele momento. E é também sabido que essas listas reflectem gostos pessoais, sempre passíveis de serem questionados e, portanto, relativizáveis. Mas há listas e listas. Há aquelas que reflectem opiniões puramente individuais e há outras que, pela sua abrangência, ajudam a traçar um retrato do momento. Há 13 anos que o site argentino El Intruso — “dedicado a la otra música”, esclarece a página — vem reunindo no início de cada ano as votações de quase seis dezenas de críticos internacionais (dos Estados Unidos a Portugal, do México à Noruega) que escrevem regularmente sobre jazz e música improvisada. E que ali plasmam as suas escolhas sobre álbuns, músicos ou grupos, especificando as suas preferências em relação aos vários instrumentos habituais nesta área. Em 2015 e 2017, Rodrigo Amado foi eleito melhor saxofonista tenor, à frente de nomes como Evan Parker, Ken Vandermark, Joe Lovano ou Ivo Perelman.

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