#FreeBritney? Pai de Britney Spears aceita deixar de ser tutor da filha
Jamie Spears deixará de controlar directamente a fortuna da artista pop, que anunciou recentemente que não volta a pisar um palco enquanto não reassumir o controlo da sua vida.
Jamie Spears, o pai da cantora pop norte-americana Britney Spears, vai deixar de ser tutor da filha, avança a imprensa norte-americana, que cita documentos submetidos ao tribunal que está a julgar o caso, que tem mobilizado a atenção dos media e de milhões de fãs.
Trata-se de um volte-face, depois de Jamie Spears ter lutado nos tribunais para continuar a controlar a fortuna da filha. Agora, o pai aceita deixar de ser tutor, embora acrescente que tal acontecerá “a seu tempo”, e não de imediato.
Citado pela revista Variety, o advogado da artista já reagiu. “Estamos satisfeitos por Jamie Spears e o seu advogado terem admitido no processo que o próprio deve sair. Isto prova que Britney tinha razão”, declarou Mathew S. Rosengart, que pede que o pai da cantora saia “imediatamente”.
Rosengart tinha pedido em Julho a um tribunal de Los Angeles, na Califórnia, que o controlo das finanças da cantora passasse para o contabilista Jason Rubin, afastando o pai Spears do papel de curador da fortuna de Britney, que, segundo os documentos anexados ao requerimento, inclui 2,7 milhões de dólares em dinheiro (2,3 milhões de euros) e 56,3 milhões de dólares (47,7 milhões de euros) em investimentos e imóveis. Agora, no entanto, surge a notícia de que Jamie Spears se afastará voluntariamente.
Esta não era a primeira vez que Britney Spears tentava afastar o pai do controlo do seu dinheiro, tendo o seu anterior advogado proposto o Fundo Bessemer para assumir essa responsabilidade — o tribunal não tinha acedido a afastar totalmente o progenitor, mas concordou em repartir a função entre este e a empresa que gere fortunas. No entanto, depois de um depoimento emocionado de Britney Spears, no início de Junho, o Fundo Bessemer optou por pedir ao tribunal para o retirar da gestão.
Muita tinta tem corrido nos últimos meses, desde que a cantora fez uma declaração emotiva, por videochamada, ao Supremo Tribunal de Los Angeles, em que descreveu a tutela a que está sujeita, desde 2008, como “estúpida” e “abusiva”, desabafando que quer a sua “vida de volta”.
Num processo descrito pelo advogado da cantora como um “pesadelo kafkiano”, Britney Spears está há década e meia sem controlo pleno da sua vida e do seu património depois de ter sofrido uma crise de saúde mental. Recebe um salário fixo, num valor muito menor ao que poderia auferir como uma das cantoras mais bem-sucedidas da história, o que a levou recentemente a anunciar um possível ponto final na sua carreira: “Não vou actuar em nenhum palco em breve com o meu pai a tratar do que eu visto, digo, faço ou penso”.
Jamie Spears, por seu turno, defende que agiu sempre “no melhor interesse” da filha, para “evitar uma tragédia”, e não para retirar proveitos financeiros.