Ex-ciclista olímpica de 24 anos encontrada morta

A causa da morte ainda está a ser investigada, mas poderá estar relacionada com problemas de saúde mental. Olivia Podmore havia colocado horas antes uma publicação no Instagram onde falava sobre a pressão de competir.

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Olivia Podmore fez parte da comitiva da Nova Zelândia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, na competição de ciclismo de pista Facebook Olivia Podmore

Foi através de um comunicado do Comité Olímpico da Nova Zelândia que a confirmação da morte de Olivia Podmore foi confirmada. “O Comité Olímpico da Nova Zelândia está profundamente triste com a perda da atleta olímpica e da ciclista Olivia Podmore”, pode ler-se. A jovem de 24 anos foi encontrada sem vida, esta segunda-feira, em casa.

Olivia Podmore fez parte da comitiva da Nova Zelândia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 na competição de ciclismo de pista. No entanto, e de acordo com o jornal britânico “The Independent”, Podmore não foi seleccionada para representar o país nas Olimpíadas de Tóquio, ainda que se tivesse qualificado. 

As causas da morte ainda estão a ser investigadas, mas o comunicado do Comité Olímpico da Nova Zelândia deixa em aberto a possibilidade de estarem relacionadas com problemas de saúde mental. No final do documento, a organização refere que os atletas e restantes membros da comitiva têm à disposição apoio psicológico.

Em declarações à Reuters, um amigo da ciclista demonstrou preocupação sobre a saúde mental da jovem de 24 anos. Também as autoridades desportivas do país afirmaram que Olivia Podmore havia procurado serviços de apoio disponíveis para os atletas.

Um dia depois do fim dos Jogos Olímpicos em Tóquio, Olivia Podmore havia colocado na sua página de Instagram uma publicação - entretanto já removida - onde falava sobre a pressão que existe no desporto de alta-competição.

“O desporto é um escape fantástico para muita gente. É uma luta, mas é tão gratificante. O sentimento quando ganhamos não tem comparação, mas o sentimento quando perdemos, quando não somos escolhidos mesmo quando nos qualificamos, quando estamos lesionados, quando não vamos ao encontros das expectativas da sociedade, como ter uma casa, casar e ter filhos porque tentamos dar tudo no nosso desporto, essas sensações também são diferentes”, escreveu a jovem de 24 anos.

As questões da saúde mental nos atletas profissionais têm estado na ordem do dia depois da renúncia de Simone Biles em várias competições nos Jogos Olímpicos de Tóquio, bem como depois da tenista japonesa Naomi Osaka ter falado abertamente sobre a luta que travava com uma depressão.

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