“Falta valorizar a saúde mental dos atletas”, porque o peso das medalhas pode ser insustentável
O debate sobre a saúde mental no desporto foi relançado em Tóquio, quando Simone Biles decidiu priorizar o seu bem-estar, colocando de lado ambições olímpicas. Os atletas de alta competição, sujeitos a uma pressão constante e expectativas, são seres humanos “como todos os outros” e precisam de acompanhamento psicológico antes, durante e depois das provas, defende psicólogo.
A pressão das competições desportivas não é uma completa estranha para Bernardo Almeida. Aos 24 anos, o lisboeta leva duas décadas a dedicar-se à ginástica artística. No palmarés, várias conquistas: a uma medalha de bronze na Taça do Mundo de 2019, seis títulos de campeão nacional, três Taças de Portugal e várias presenças em europeus e mundiais. Mas houve um dia, “há três anos”, em que caiu da barra fixa numa prova e o primeiro pensamento foi o de fugir: “Perdi o controlo das minhas emoções e foi aí que decidi que precisava de ajuda. Nunca tinha sentido aquilo e aquilo não era eu.”
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