PSD denuncia “situação caótica” nos agendamentos dos consulados no Reino Unido
No dia 2, emigrantes que aguardavam “há largas horas” para serem atendidos, com agendamentos feitos há meses, terão sido mandados embora devido ao excesso de marcações e “ao cansaço dos funcionários consulares”, alegam sociais-democratas.
O PSD denunciou nesta sexta-feira uma “situação caótica” nos agendamentos dos consulados portugueses no Reino Unido e questionou o Governo sobre a concretização da “promessa” de reforçar estes serviços com mais funcionários e meios informáticos.
Numa carta dirigida ao ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, o PSD partilhou uma situação ocorrida na segunda-feira, quando “vários emigrantes, que tinham agendamento para esse dia - agendamento esse feito meses antes -, estavam a aguardar há largas horas” para serem atendidos, até que os informaram que “não seria possível atender mais ninguém nesse dia, devido ao elevado número de agendamentos como também, segundo a comunicação social, ao cansaço dos funcionários consulares”.
Na pergunta colocada ao executivo, o grupo parlamentar do PSD quer saber o que causou “o desfasamento entre o número de agendamentos previstos e a impossibilidade de atendimento dos mesmos”. “Para quando o Governo prevê concretizar a promessa em reforçar com recursos humanos e de meios informáticos os serviços consulares no Reino Unido”, questionaram os sociais-democratas.
Os deputados referiram que o seu partido “tem vindo a alertar o Governo para a grave situação do funcionamento dos serviços nos postos consulares do Reino Unido, onde se estima que estejam registados 400 mil portugueses”.
E recordaram que, em visita oficial ao Reino Unido, em Maio, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, terá afirmado que, com o reforço de funcionários no Centro de Atendimento Consular do Reino Unido, esperava que fosse alcançado um nível de serviço satisfatório. “É evidente que a situação se mantém, infelizmente, caótica, apesar dos constantes alertas que o PSD tem vindo a fazer ao Governo neste sentido”, lê-se na missiva dirigida ao ministro Augusto Santos Silva.