Novo Espaço do Cidadão vai reduzir tempo de espera no consulado de Londres
O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, e o secretário de Estado adjunto e da Modernização, Luís Goes Pinheiro, estiveram na inauguração.
O Espaço do Cidadão, inaugurado esta sexta-feira, e a abertura de mais 16 postos de atendimento vão contribuir para reduzir o tempo de espera para atendimento no consulado de Londres, garantiu em Londres o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
José Luís Carneiro considerou que “o objectivo é agora reduzir esses prazos de espera”, que actualmente ainda são de dois a três meses para conseguir uma marcação de atendimento no consulado para a emissão ou renovação de documentos de identificação, nomeadamente o cartão de cidadão e o passaporte.
“Com os meios que estamos a prever colocar, uns que já estão colocados e outros que estão em fase de operacionalização, eu diria que, quando tivermos este centro de atendimento com 16 postos de atendimento a responder diariamente, estaremos em condições de vencer essa espera, que é aquilo que todos nós desejamos”, afirmou o governante.
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas falava após a inauguração, em conjunto com o secretário de Estado Adjunto e da Modernização, Luís Goes Pinheiro, de um Espaço do Cidadão.
Num pequeno escritório dentro das instalações consulares é feito um atendimento digital assistido por uma funcionária no acesso a mais de 20 serviços disponibilizados electronicamente pela administração pública portuguesa, designadamente da Segurança Social, da Autoridade Tributária e Aduaneira ou da Direcção-Geral da Administração da Justiça.
Este conceito faz parte do programa Simplex+ e vem, segundo Goes Pinheiro, “trazer proximidade” e complementar a oferta de serviços feita pelo consulado, ao permitir, por exemplo, renovar a carta de condução portuguesa, renovar o cartão de saúde europeu ou pedir um certificado de registo criminal.
“A aposta principal [do Governo] tem sido nos serviços online e tem sido grande. Ainda no dia 20 de Junho foi disponibilizada a possibilidade de renovar o cartão de cidadão através da Internet e esse serviço também está disponível para os cidadãos portugueses residentes no Reino Unido, uma vez que é possível, quando preenchem o formulário solicitando a renovação, sinalizar que pretendem que a entrega seja feita aqui no consulado”, vincou.
Uma ferramenta essencial para este processo é a chave móvel digital, que, a partir de agora, explicou, pode ser obtida no Consulado de Londres, no novo Espaço do Cidadão, até agora existente apenas nos consulados de Paris, São Paulo e Bruxelas.
A funcionar temporariamente no terceiro andar do edifício, dentro de cerca de dois meses este espaço vai passar para a nova área de 180 metros quadrados que o Governo português arrendou no edifício contíguo ao consulado, e onde vão ser colocados 16 novos postos de atendimento.
Situado no piso térreo, esta sala vai também facilitar o acesso a pessoas de mobilidade reduzida, que actualmente têm dificuldade em transpor os vários degraus junto à entrada principal. O alargamento das instalações vem completar uma série de medidas, que passaram pelo investimento em equipamento e meios tecnológicos, recrutamento de recursos humanos e a abertura, em Abril, do centro de atendimento telefónico designado por Linha Brexit. “Estamos a assistir a um virar de página”, considerou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, prometendo um atendimento de maior qualidade e mais eficaz.
No consulado em Londres, esta sexta-feira, vários utentes disseram à agência Lusa que o principal problema continua a ser dificuldade em conseguir marcações para atendimento. “Fui bem atendida”, vincou Leonor Cardoso, que veio levantar cartão do cidadão e passaportes, mas acrescentou que o consulado “podia melhorar um pouco mais” porque é preciso “esperar muito por uma marcação”. Esta emigrante recorreu à Linha Brexit para ultrapassar os problemas com a marcação por Internet, e mesmo assim teve de esperar dois meses. “Prejudicou um pouco porque a gente precisava dos documentos e não tinha os documentos. Apesar de não estarem caducados, a gente precisa, principalmente do passaporte, e prejudicou um pouco”, lamentou.