Jorge Lima e José Costa terminam em sétimo na classe 49er

Os dois portugueses foram desclassificados na “medal race”, mas garantiram a sua melhor classificação de sempre e a conquista de um diploma olímpico. Britânicos bateram os favoritos Peter Burling e Blair Tuke.

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Reuters

Não foi o final desejado, mas Jorge Lima e José Costa terminam a participação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 no sétimo lugar na classe 49er, garantido a conquista do sétimo diploma olímpico para Portugal.

Na “medal race”, a última regata onde apenas participaram as tripulações que estavam no top-10, os dois portugueses foram desclassificados e ficaram sem hipóteses de lutar por um lugar no pódio. Campeões olímpicos no Rio 2016, os favoritos Peter Burling e Blair Tuke perderam o título na última regata para os britânicos Dylan Fletcher e Stuart Bithel.

Depois de na véspera a falta de vento em Enoshima, centro da vela dos Jogos de Tóquio, ter impedido que se realizassem regatas na baia de Sagami, os experientes Jorge Lima e José Costa foram uma das dez tripulações que teve o privilégio de disputar a “medal race”, a regata que contabiliza o dobro dos pontos, com as tripulações a transportarem a totalidade da pontuação obtida nas 12 regatas realizadas na primeira fase da prova.

Com um total de 72 pontos, Jorge Lima e José Costa chegaram à regata decisiva na sexta posição, atrás da Dinamarca (66 pontos), Alemanha (66), Espanha (56), Grã-Bretanha (56) e Nova Zelândia (52).

Embora fosse muito difícil conseguir alcançar o pódio, Jorge Lima tinha garantido que a dupla portuguesa acreditava no seu “potencial” e que, numa “regata de 20 minutos, com os 10 melhores, tudo” podia acontecer.

Porém, a dupla nacional acabou por largar antes do tempo, sendo penalizada com um OCS (On Course Side), somando a pontuação (22 pontos) atribuída ao 10.º classificado.

Com o 7.º lugar em Tóquio, Jorge Lima e José Costa melhoraram a prestação em relação ao Rio 2016, onde foram 16.º classificados. Lima tinha ainda participado em Pequim 2008 com Francisco Andrade, tendo sido 11.º.

O resultado dos dois velejadores iguala a melhor prestação portuguesa de sempre na classe 49er, depois de nos Jogos de Sydney, em 2000, Afonso Domingos e Diogo Cayolla também terem conseguido o sétimo posto final.

Na luta pelo título olímpico, Peter Burling e Blair Tuke chegaram à regata das medalhas na primeira posição, mas deixaram fugir a conquista do segundo título olímpico consecutivo. Medalha de prata em Londres 2012 e de ouro no Rio de Janeiro 2016, os velejadores neozelandeses foram terceiros na derradeira regata e acabaram ultrapassados por Dylan Fletcher e Stuart Bithel - as duas tripulações acabaram empatadas em pontos, mas o critério de desempate deu vantagem aos britânicos.

Segundos na “medal race”, os alemães Erik Heil e Thomas Plössel ficaram com o bronze, empurrando os espanhóis Diego Botin e Iago Lopez para fora do pódio.

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